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sábado, 7 de agosto de 2010

Vida em Cristo - É Só Continuar Falando

de Robert Wolgemuth

Pais e filhas que conversam juntos permanecem juntos.

Ensinar corretamente a habilidade de conversar é uma das coisas mais importantes que um pai pode fazer. A habilidade de você e sua filha trocarem palavras eficazmente - e os sentimentos normalmente ligados a elas - construirá uma ponte entre os dois que durará o resto de sua vida.

Desde quando ela é pequena, você tem que ensinar sua filha a respeitar conversação - palavras que ligam dois seres humanos. Esta lição normalmente é ensinada quando ela o interrompe enquanto você está falando com sua esposa ou outra pessoa.

A primeira vez, e toda vez, que isso acontece, você tem que parar de falar. Então olhe para sua filha e diga, “Querida, eu estou conversando. Tão logo acabemos de falar, você e eu poderemos conversar. Eu prometo. Você entende?”

Daí, quando você tiver terminado, vá para sua filha e pergunte o que ela tem para lhe dizer. Ela pode ter esquecido. Se ela tiver, comece a conversar. Enquanto você estiver falando com sua filha, tenha o cuidado de olhar nos olhos dela. Não deixe sua mente vagar. Preste atenção o máximo que você puder.

Ao escutar cuidadosamente enquanto ela estiver falando, você está dizendo a sua filha pelas suas ações que conversação é muito importante. Você também está comunicando seu amor por ela.

Tempo para Conversar

Quando sua filha é pequena, não há muitas coisas interessantes sobre as quais você pode conversar. Você mora num mundo que é estranho a ela. Você tem pressão no trabalho e está lutando para pagar as contas. Ela tem uma boneca que machucou o joelho. Como é que você pode encontrar coisas para conversar e tempo para falar sobre elas?

Um bom amigo cedo me ensinou uma lição na minha vida de pai. “Nos fins de semana, nunca vá para qualquer lugar só”, ele me disse. Um conselho simples com conseqüências maravilhosas. Tomando a sugestão dele, eu raramente fiz minhas tarefas sozinho. Eu sempre levei comigo uma ou ambas as minhas filhas, Missy e Julie.

Enquanto íamos, eu fazia perguntas. “Olhe lá. Você alguma vez viu tantos carros? Queria saber quantos há.” Missy começaria contando.

Ou eu diria, “Daqui até a loja, vamos contar quantos caminhões ultrapassamos”. Ou eu poderia perguntar, “Se você fosse um animal qualquer, qual você gostaria de ser?”

Logo cedo, nós construímos uma ponte de palavras que nos uniram de forma permanente.

Nenhuma Mesa de Crianças

Quando eu era criança, os feriados eram cheios de grandes conversas familiares, especialmente ao redor da mesa de jantar. Relembrando aqueles grandes banquetes, eu recordo que eu freqüentemente era recrutado para ajudar a montar uma ou duas mesinhas junto à mesa principal, de modo que ficávamos numa enorme mesa na sala de estar.

Estas mesinhas normalmente eram de uma altura diferente da mesa principal, mas para minha mãe, não havia problema. “Considerando que nós somos uma família”, ela diria, “nós vamos comer juntos. Todos numa mesa só. Não vai ter mesa só de crianças na varanda ou noutro quarto.”

Ela tinha razão. Como crianças, meus três irmãos, duas irmãs e eu aprendemos a importância de conversação. Nós aprendemos que a mesa de jantar não era um balcão de lanchonete coberto com comida. Nós aprendemos que a hora de sentar para uma refeição era um tempo importante de conversar, de escutar outros e de ser ouvido. Hoje eu agradeço isso.

Só Para Meninas?

Você pode estar querendo saber, especialmente se você também tiver um filho, “Será que não é importante ensinar um menino a conversar também?”

Sim é, mas há várias razões porque eu coloco mais importância em conversação entre você e sua filha. Primeiro, meninas tornam-se adeptas à conversação numa idade mais cedo que os meninos. Se você for um bom instrutor em conversação para ela, ela ensinará outros, especialmente meninos, o que ela aprende com você. À medida em que ela aprende a conversar com meninos, ela descobrirá o que é importante para eles. Ela ficará menos surpresa com o sistema de convicções equivocadas ou a bússola moral quebrada de um menino, se ela falar regularmente com ele.

Porque sua filha aprendeu a arte de boa conversação, será menos provável que ela seja pega em situações físicas comprometedoras. Uma razão é que ela saberá como expressar abertamente o compromisso dela com a pureza e o medo que ela tem das conseqüências de contato íntimo antes do casamento. Também, namorados jovens normalmente escolhem entre falar e tocar. Eles não fazem ambos simultaneamente. Minha preferência é para minha filha falar!

Um Presente Que Será Devolvido

Se você der a sua filha o presente da habilidade de conversar, ela devolverá o presente muitas vezes no futuro. Deixe-me ilustrar.

No meu aniversário de quarenta e quatro anjos, eu recebi o telefonema que todo empresário teme. O homem que ligou tinha uma mensagem breve:

“Roberto, nós temos que executar a hipoteca do empréstimo para sua empresa. Eu sei o que isto significa, e sinto muito. Eu tenho que fazer o que eu tenho que fazer.”

Depois que a ligação terminou, eu fiquei aturdido. Eu respirei fundo, entrei no escritório de meu sócio, e contei as notícias. Nossos olhos encheram de lágrimas quando cogitamos as conseqüências daquele telefonema.

Alguns minutos depois, nós reunimos todos os funcionários. Eu e meu sócio tínhamos feito o possível para protegê-los das tempestades pelas quais nosso negócio havia passado. Porém, agora tínhamos que explicar que estavam desempregados e deveriam começar a procurar outro emprego.

Eu voltei para meu escritório, fechei a porta, e liguei para minha esposa. Quando eu ouvi a voz dela, eu desmoronei e chorei incontrolavelmente. Uma vez que recuperei minha compostura, eu contei o que tinha acontecido. “Nós perdemos tudo, querida”, eu disse. “Não dá para acreditar.”

Durante as próximas semanas, eu tive que fazer muitas ligações dolorosas. Uma das mais difíceis foi para Missy, naquela época no segundo ano da faculdade. Depois de falar sobre o fechamento da minha empresa, eu a avisei que depois daquele semestre nós não poderíamos continuar pagando a faculdade particular dela.

A resposta dela foi rápida e cheia da resolução de um adulto. “Está tudo bem, Papai”, ela disse. “Eu amo esta escola, mas se eu precisar trabalhar durante um ano para ajudar a pagar as contas, eu farei isso.”

O resto da conversa foi cheio de ternura e afirmação. Quando nós desligamos, eu agradeci Missy pelo encorajamento dela. Eu falei para ela como era grato que ela ainda acreditava em mim, e o quanto eu a amava.

Naqueles momentos, nossos papéis tinham invertido. Eu precisava de minha filha mais do que ela precisava de mim. E porque eu tinha lhe ensinado a arte de escutar e conversar quando ela era pequena, ela podia devolver o presente então a mim.

Dê a sua filha o mesmo presente.

Apêndice

Lista de conferição de construtor


Conversação é absolutamente fundamental em sua relação com sua filha. Mas não acontecerá automaticamente. Aqui estão alguns lembretes:

1. Mostre a sua filha que palavras são maravilhosas. Leia para sua filha antes mesmo que você pense que ela pode compreender uma palavra. Isso criará nela um amor por palavras.

2. Procure lugares especiais, só para você e ela. Pode ser uma lanchonete velha ou um parque da cidade. Não tem que ser sofisticado ou caro; basta que seja um lugar onde os dois gostem de conversar.

3. Peça desculpas por palavras infelizes. Já que você é normal, você vai dizer a coisa errada no momento errado. Você vai ferir os sentimentos de pessoas, incluindo sua filha. Deixe-a ouvir o pai dela se corrigir, e se necessário, pedir o perdão dela.

4. Saiba que tudo isso levará tempo e paciência. Mas a recompensa de ver uma filha crescer e se tornar um de seus melhores amigos é incrível. E este relacionamento crescerá através da conversação.

Este artigo é adaptado de “Ela Me Chama de Papai”, de Robert Wolgemuth, publicado por Focus on the Family. Copyright © 1996 Robert Wolgemuth. Todos os direitos reservados.

Para uma tocante mensagem sobre a importância que os pais fazem na vida das suas filhas, veja o artigo "Pais e Filhas"

Vida em Cristo - Pais e Filhas



de Heather Helton

Pais, este artigo está em nome de suas filhas que precisam de vocês desesperadamente. Estas palavras não vêm com a intenção de culpar, machucar, ou apontar dedos, mas para provocar reação em vocês. A entrarem em ação. Nós, filhas feridas, somos um dilema nacional. Vocês não ouvirão falar de nós no jornal das oito, mas estamos aqui.

Estamos vivendo debaixo do seu teto, comendo da mesma mesa de jantar que você, vertendo da mesma jarra de suco. Estamos passando pelo menos dezoito anos, ou 6.570 dias com você em casa. Nós passamos por você no corredor e ficamos curiosas sobre por que nós não somos interessantes o bastante para chamar sua atenção. Queremos saber o que é que um jogo na televisão ou um jornal tem que nós não temos. Ficamos curiosas para saber por que você não fica tão animado com suas filhas quanto você fica com aquele jogo de campeonato.

Estamos atentas ao fato de que você não parece muito interessado em nossas palavras, nossos sentimentos, nossas convicções mais íntimas e nossas dúvidas. Embora você não veja, por dentro estamos chorando.

Quando você nos ignora você está mudando o que nós somos. Você está mudando o que fomos feitas para ser, e não para o melhor. Você pode não ver qualquer impacto de sua ausência emocional agora, mas logo você verá. Quando começarmos a beber, usar drogas, e ter relações antes de casar, então você verá. Quando nós enganarmos, mentirmos, dirigirmos alcoolizadas, namorarmos sujeitos ruins, e acabarmos grávidas fora de casamento, então você verá. Você verá nossa baixa auto-estima manifestada. Nossa insegurança tomará vida e você provavelmente ficará furioso conosco. Mas, você não devia estar. Você devia estar furioso é com você mesmo, por não prestar mais atenção a nós quando nós éramos pequenas meninas.

Pais, nós estamos doendo.

Pais, nós lhes agradecemos a educação, nosso abrigo, comida, e roupas. No entanto, pais, nós precisamos de mais.

Nós temos corações sensíveis. Mas você não saberia disso porque você nunca fitou nossos corações.

Nós não somos como meninos. Talvez meninos podem ser duros, mas nós precisamos da ternura do nosso papai.

Nós precisamos de seu conforto quando doemos.

Nós precisamos que você nos ame afetuosamente com um amor constante, para que saibamos o que procurar num homem quando nós crescermos. Por constantemente, eu quero dizer constantemente. Diariamente. De hora em hora. Todo o tempo.

E quando você está em casa conosco, realmente esteja em casa conosco. Ler o jornal e ir para cama, enquanto não diz uma só palavra o tempo todo a nós, não é estar conosco.

Nós nos sentimos ignoradas.

Nós nos sentimos tristes.

Você nos faz sentir inseguras sobre nós mesmas. E pior de tudo, você está moldando – ou destruindo – nossa imagem do é que paternidade.

Sim, você está nos moldando. O que nós nos tornaremos está em suas mãos. Você não sabia? Você está nos moldando literalmente como barro.

Talvez você nos quis, talvez não. O fato permanece: NÓS ESTAMOS AQUI.

Nós somos humanas, estamos vivas, e precisamos mais de você.

Talvez você se relaciona melhor com meninos. Nós não somos meninos. Nós precisamos mais de você.

A maneira como você trata nossas mães é crucial para que saibamos como desenvolver nosso próprio relacionamento amoroso. Quando você fere nossa mãe de qualquer forma, nós não gostamos. Nossas mãe estava lá, tentando preencher o vazio que você escolhe deixar diariamente em nossas vidas. Você não entendeu isso?? Você devia se desdobrar agradecendo nossa mãe por assumir o que você largou.

O que é mais importante de tudo, nós vemos nosso Pai Celestial na mesma luz que nós vemos nossos pais terrestres. Se você nos ignorar, acreditamos então que Deus nos ignora. Se você nos ferir, nós vemos Deus como um que nos fere. Se você age como você não quer estar junto de nós, nós vamos acreditar que Deus não deve querer ou estar junto de nós também. Você é o elo! Você está segurando a chave!

Há uma canção de John Mayer chamado "Filhas." (“Daughters” em inglês) Procure esta música, compre-a, e escute.

Nós somos mesmo criaturas muito delicadas.

E nós precisamos de você.

Isso aí é o ponto.

Não estamos tentando lhe ferir ou lhe derrubar.

Mas estamos rogando que você preste atenção em nós.

Se você não o fizer, nós não cresceremos emocionalmente e isso afetará o resto de nossas vidas, nossos cônjuges futuros, nossos filhos futuros e todos os nossos relacionamentos para sempre.

Por favor, passe o quanto tempo puder conosco. Tempo de qualidade.

Diga para nós que somos bonitas.

Diga para nós que somos talentosas.

Diga para nós que você nos ama mais do que você imaginava que era possível.

Fale para nós.

Se nós não ouvimos coisas boas de você sobre nós, nós não cresceremos emocionalmente ou espiritualmente e isto nos afetará fisicamente. Toda ênfase que podemos dar a isso é pouco!

Nós nos voltaremos a outras fontes para nos fazer sentir bem, estando elas certas ou erradas.

Então você ficará furioso conosco por nos voltarmos àquelas coisas. Mas a realidade é que, se você tivesse formado relacionamentos de verdade, relacionamentos íntimos, amorosos, honestos e genuínos conosco, nós não teríamos procurado essas coisas.

Esses meninos pelo menos nos fazem sentir especiais. Você nunca fez isso!

Álcool e drogas pelo menos tiram nossas mentes da nossa depressão e ansiedade que você deixou conosco nos ignorando todos estes anos.

Vocês vêem, pais, é realmente simples.

Só prestem atenção.

E amem-nos.

Para algumas dicas para pais de filhas, veja a mensagem É Só Continuar Falando

Vida em Cristo - Avistando a Nova Terra

de Max Lucado

Passávamos uma semana de férias no Colorado, e nossa família juntou-se a várias outras pessoas para subir ao topo de uma montanha de 14 mil pés de altura. Nós a escalaríamos da maneira mais fácil, dirigindo até onde fosse possível e cumprindo a trilha final a pé. Vocês, bons colegas andarilhos, teriam ficado aborrecidos. Mas, para uma família com três pequenas garotas, era quase tudo que podíamos fazer.

A jornada foi tão bela quanto cansativa. Fui coagido a lembrar como o ar era leve, fino, ao contrário da minha cintura.

Nossa filha Sara, de quatro anos, teve sua dificuldade duplicada. Uma queda logo nos primeiros minutos deixou-a com o joelho esfolado e, conseqüentemente, com problemas para caminhar. Ela não quis andar. Na verdade, recusou-se a fazê-lo. Queria uma carona. Primeiro em minhas costas, depois nos braços da mãe, de volta às minhas costas, então nas costas de um amigo, nos braços da mãe... bem, você já entendeu.

Na verdade, sabemos como ela se sentiu. Você também tem caído e pedido ajuda, e também tem recebido.

Todos nós precisamos de auxílio algumas vezes. Esta jornada é íngreme, e alguns desistem dela.

Alguns param de escalar. Outros apenas sentam. Ainda estão perto da trilha, porém não estão nela. Não abandonam a viagem, mas não continuam. Não descem do cavalo, porém não o estimulam a andar. Não renunciam, e também demoram a se decidir.

Apenas pararam de andar. Muito tempo é gasto em volta da fogueira, falando sobre como as coisas costumavam ser. Alguns permanecem sentados no mesmo lugar durante anos. Eles não mudarão. As orações não se aprofundarão. A devoção e a paixão não irão aumentar.

Alguns tornam-se até cínicos. Desdenham do viajante que os animam a prosseguir a jornada. Afligem o profeta que os desafia a ver a montanha. Afligem o explorador que os relembra seu chamado... peregrinos não são bem-vindos aqui.

Assim, o peregrino desloca-se junto com o fazendeiro.

Muda para a mesma monotonia.

Muda por segurança.

Muda para o banco de areia.

Espero que você não faça isso. Em caso afirmativo, porém, espero que não desdenhe o peregrino que o chama de volta à jornada.

Vale a pena continuar caminhando.

Enquanto tentava inutilmente convencer Sara a andar, eu procurava descrever o que estávamos para ver.

- Será tão lindo - eu dizia a ela. - Você verá todas as montanhas, o céu, as árvores.

Não deu certo. Ela queria ser carregada.

De qualquer modo, ainda era uma boa idéia. Mesmo que não desse certo. Nada impulsiona uma jornada como a visão do topo da montanha.

A propósito, um grande cenário também aguarda você. O escritor hebreu dá-nos uma parte da Geografia Celestial. Vejam como ele descreve o topo da montanha de Sião. Ele diz que, ao alcançarmos a montanha, teremos chegado à "cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos, à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel" (Hb 12.22-24).

Que montanha! Não será ótimo conhecer os anjos? Finalmente ver como se parecem e quem são? Ouvi-los contar os momentos que estiveram ao nosso lado, até mesmo em nossas casas?

Imagine o encontro dos primogênitos. A reunião de todos os filhos de Deus. Sem ciúmes. Competição. Divisão. Precipitação. Seremos perfeitos... puros. Não haverá mais erros, pecados. A cobiça cessará. Fofocas serão silenciadas. O rancor será extirpado para sempre.

E, imagine ver Deus. Finalmente olhar a face de nosso Pai. Sentir o olhar de Deus para você. Isto nunca mais terá fim.

Ele cumprirá sua promessa. Eis que faço novas todas as coisas, Ele prometeu. Limparei de seus olhos toda lágrima. Restaurarei o sorriso apagado pela dor. Tocarei novamente as sinfonias não ouvidas pelos surdos e o pôr-do-sol nunca visto pelos cegos.

Os mudos cantarão. O pobre será farto. As feridas, saradas.

Farei novas todas as coisas. Restaurarei todas as coisas. As crianças atingidas por doenças correrão para os seus braços. A liberdade perdida pela opressão dançará em seu coração. A paz de um coração puro será o meu presente para você.

Farei novas todas as coisas. Nova esperança. Nova fé. E, mais do que tudo, novo amor 0 amor do qual todos os amores falam. O amor diante do qual todos os amores perdem o brilha O amor que você tem procurado em centenas de portas, em centenas de noites.., este amor vindo de mim, será seu.

Que montanha! Jesus estará lá. Você anseia vê-lo, e final-mente o fará. E interessante a descrição do que veremos. O escritor não menciona a face de Jesus, conquanto a veremos. Não se refere à voz de Jesus, conquanto será ouvida. Ele menciona algo de Jesus que a maioria de nós jamais pensaria ver. O sangue de Jesus. O sangue carmesim derramado na cruz. O líquido de vida que saiu de sua fronte, de suas mãos, do seu lado.

O sangue humano do Cristo divino. Cobrindo nossos pecados.

Proclamando a mensagem: Fomos comprados e jamais poderemos ser vendidos.

Que momento! Que montanha!

Acredite-me quando digo que valerá a pena. Nenhum custo é muito alto. Se você precisa pagar o preço, faça-o. Nenhum sacrifício é grande demais. Caso precise deixar a bagagem no caminho, faça-o! Nenhuma perda pode ser comparada. Prossiga a qualquer custo! Pelo amor de Deus, prossiga!

Valerá a pena, asseguro-lhe. Ao avistar o topo, a dor da trilha será justificada.

A propósito, nosso grupo finalmente subiu a montanha. Ficamos mais ou menos uma hora no topo, tirando fotos e apreciando a vista. Mais tarde, no caminho de volta, ouvi a pequena Sara exclamar orgulhosa:

- Consegui!

Eu ri. Não você, pensei. Sua mãe e eu a carregamos. Amigos e familiares a ajudaram subir esta montanha. Você não fez nada.

Mas eu não disse qualquer palavra, pois tenho recebido o mesmo tratamento. Assim como você. Podemos pensar que estamos escalando, mas estamos pegando uma carona. Uma carona nas costas do Pai, o qual deseja que caminhemos em direção ao Lar. O Pai que não fica nervoso quando cansamos.

Além do mais, Ele sabe o que é escalar uma montanha.

Ele escalou uma por nós.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Vida em Cristo - Volte Para Casa

de Max Lucado

Inglaterra. Século dezenove. Natal. Numa pequena cidade, existe a tradição de uma festa geral na qual todas as crianças recebem presentes. E uma ocasião festiva; os sorrisos alegres dos pequeninos, uma árvore alta na praça, pacotes coloridos. Existe um rapaz retardado na cidade que, devido à sua deficiência, é vítima de muitas brincadeiras cruéis. A peça que lhe pregam nesse dia de Natal é a mais cruel de todas.

À medida que a montanha de presentes vai ficando menor e menor, seu rosto vai ficando mais e mais comprido. Ele é velho demais para um presente, mas não sabe disso. Seu coração infantil está pesado enquanto ele observa todos receberem presentes, menos ele próprio. Então alguns dos meninos vêm a ele com um presente. O seu é o último debaixo da árvore. Seus olhos dançam enquanto ele olha o pacote vistosamente embrulhado. Sua excitação aumenta quando arranca as fitas. Seus dedos se atropelam para rasgar o papel. Mas quando ele abre a caixa, seu coração afunda.

Está vazia.

O embrulho era atraente. As fitas eram vivamente coloridas. O exterior era suficiente para fazê-lo chegar ao interior; mas quando ele chegou ao interior, a caixa estava vazia!(1)

Você já esteve nessa situação alguma vez?

Muitas pessoas estiveram.

Uma jovem mãe chora silenciosamente em seu travesseiro. Toda a vida ela havia sonhado com o casamento. "Se apenas eu pudesse ter um lar. Se apenas pudesse ter um marido e uma casa."

E, assim, agora está casada. A lua-de-mel acabou-se há muito tempo. O túnel que ela escavou para sair de uma prisão apenas levou a outra. Seu país encantado tornou-se um país de fraldas sujas, dificuldades de transporte e contas.

Ela partilha a cama com um marido a quem não ama. Ouve o sono calmo de uma criança que não sabe como criar. E sente a areia de sua juventude escoar-lhe por dentre os dedos.

Um homem de negócios de meia idade senta-se em seu luxuoso escritório, olhos fixos fora da janela, sem nada ver. Um carro esporte vermelho alemão espera por ele no estacionamento. Há um anel de ouro em seu dedo e um cartão de crédito dourado em sua carteira. Seu nome está gravado em metal numa porta de nogueira e numa escrivaninha de nogueira. Seu terno é feito por alfaiate. Seus sapatos são costurados a mão, seu nome é bem conhecido. Ele devia ser feliz. Possui tudo o que se dispôs a obter quando se postou ao pé da escada olhando para cima. Mas agora que tem o que deseja, ele não mais o deseja. Agora que está no topo da escada, vê que esta encontra-se encostada no prédio errado.

Ele deixou a jovem esposa submersa na poeira de sua ambição. As crianças que o chamavam de papai já não o chamam de papai; têm um novo pai. E embora possua tudo que o sucesso oferece, ele o trocaria para ter um lar ao qual pudesse retornar nessa noite.

Já contei os buracos nas placas do teto cem vezes." A voz tremeu a despeito de uma tentativa de parecer estável. "Dizem que ficarei engessado seis semanas. Também dizem que tenho sorte em estar vivo."

Sua voz mal podia ser ouvida através da máscara de oxigênio. A pele de sua testa e do nariz estava esfolada. "Eles ficam perguntando do que me lembro. Nem mesmo me lembro de ter entrado no carro, quanto mais de dirigi-lo. Eu jamais havia experimentado craque antes. Acho que tomei demais. Pensarei antes de experimentá-lo novamente. Na verdade, parece que vou ter tempo mais do que suficiente para pensar."

Nenhuma brincadeira. Nenhum barulho. Nenhuma luz piscando. Seus sonhos se tornaram realidade, mas em vez de o deixarem dormir, estão fazendo com que fique acordado. O que você faz numa hora dessas? Aonde você vai quando o desfile pára? Seus fracassos sugam o alicerce arenoso do seu futuro, arrancando-o de sob você. E agora, o que fazer?

Pode culpar o mundo. O filho pródigo podia ter feito isso. De fato, provavelmente foi o que fez (Lucas 15:11-27).

O rapaz mirou o seu reflexo na poça enlameada. Ele questionou se o rosto era realmente seu. Não se parecia consigo.

A chama dos olhos estava agora apagada. A risadinha irônica havia sido humilhada. A atitude leviana dera lugar à sobriedade.

Ele revirou de ponta-cabeça e aterrissou de cara no chão.

Não bastava estar sem amigos. Não bastava estar sem um tostão. Não bastava penhorar seu anel, seu casaco, até mesmo os sapatos. As longas horas de perambulação pelas ruas não o quebraram. Você poderia pensar que as noites passadas com apenas um travesseiro de alojamento ou os dias passados arrastando um balde de lavagem forçariam uma mudança no coração.

Mas não. O orgulho é feito de pedra. Fortes batidas podem lascá-lo, mas é necessário o malho da realidade para quebrá-lo.

O dele estava começando a rachar.

Os primeiros dias de miséria foram provavelmente cheios de vapor do ressentimento. Ele estava bravo com todos. Todos tinham culpa. Seus amigos não deviam tê-lo abandonado. E seu irmão devia vir e livrá-lo. Seu patrão devia alimentá-lo melhor e seu pai jamais devia tê-lo deixado partir em primeiro lugar.

Ele deu aos porcos os nomes de cada um deles.

O fracasso convida a apontar o dedo e passar adiante a responsabilidade. A pessoa pode estar sem dinheiro, sem emprego e sem amigos, mas jamais estará sem alguém a quem culpar.

Às vezes é a família:
"Se meus pais tivessem levado mais a sério a sua tarefa..."
"Se meu marido não fosse tão egoísta..."
"Se meus filhos tivessem algum respeito por mim..."
"Se me tivessem ensinado a usar o peniquinho mais cedo..."

As vezes é o sistema:
"Ninguém pode tirar nota boa nesta escola!"
"Se me tivessem dado uma oportunidade igual, eu teria sido promovido."
"Este lugar está todo `arranjado'."
"Não há como alguém possa subir nesta vida."

Até mesmo a igreja já foi responsabilizada por algumas coisas.
"Oh, eu freqüentaria a igreja, mas você sabia que fui à igreja uma vez em 1958 e ninguém veio me visitar?"
"Aquele grupo de gente? Um bando de hipócritas."
"Tenho planos de voltar para a igreja. Assim que eu encontre uma que esteja ensinando a doutrina certa, abrigando todos os desabrigados, alimentando todos os doentes e dando prêmios de assiduidade, então voltarei."

Logo, você está certo e os demais errados. Você é a vítima e o mundo é o seu inimigo.

Uma segunda opção é a de continuar as brincadeiras, só que desta vez com um pouco mais de abandono.

Minha esposa tem um primo chamado Rob. Rob é um ótimo sujeito. Seu bom coração e sorriso amistoso o tornam querido de todos. Ele é o tipo de pessoa a quem você pode recorrer quando não pode apelar para mais ninguém.

Assim, quando as Bandeirantes precisaram de alguém que se fantasiasse de monstro numa festa para arrecadar fundos, quem foi que chamaram? Acertou. Rob.

Mas houve alguns problemas. Primeiro, ninguém previu que o dia da campanha estaria tão quente. Segundo, Rob não sabia que a fantasia seria tão grande. Terceiro, quem teria imaginado que os óculos de Rob embaçariam tanto que ele não conseguiria enxergar? Enquanto ele estava sentado no palco esperando sua vez de falar, o calor dentro da máscara cobriu-lhe os óculos de vapor. Ele não os podia limpar — as patas eram grandes demais para caber no buraco dos olhos.

Ele começou a ficar preocupado. A qualquer momento seria chamado para fazer uma palestra e não podia, nem mesmo, ver onde estava o palco!

Assim, sussurrou pedindo ajuda. A fantasia era espessa demais e seus apelos não foram ouvidos.

Ele começou a abanar as mãos. O que ouviu em resposta foram gritinhos de alegria das crianças. Acharam que ele acenava para elas!

Ao ouvir essa história, ri. . . e depois suspirei. Era conhecida demais. Pedidos de ajuda abafados atrás de rostos fantasiados? Medo escondido atrás de um sorriso pintado? Sinais de desespero confundidos com sinais de alegria?

Diga-me se isso não descreve o nosso mundo.

Desde que Eva costurou as folhas de figueira para cobrir Adão, temos estado a disfarçar as nossas verdades.

E ficamos melhor a cada geração.

A criatividade de Michelangelo não é nada se comparada à maneira como um homem calvo usa alguns poucos fios de cabelo. O mago Merlin ficaria espantado com a nossa capacidade de apertar uma cintura de lenhador em calças tamanho bailarina.

Somos mestres em disfarces. Carros são dirigidos para impressionar. Calças jeans são compradas para retratar uma imagem. Sotaques são adquiridos para esconder uma herança. Nomes importantes são mencionados. Pesos são levantados. Lorotas são contadas. Brinquedos são comprados. Conquistas são professadas.

E ignoramos a dor. E, com o tempo, o verdadeiro eu fica esquecido.

Os índios costumavam dizer que dentro de cada coração existe uma faca. Essa faca anda como a mão que marca os minutos num relógio. Toda vez que o coração mente, a faca gira um pouco. Ao girar, ela corta o coração. Ao girar, ela entalha um círculo. Quanto mais ela gira, mais amplo se torna o círculo. Após a faca ter girado uma volta completa, uma trilha foi recortada. O resultado? Nada resta da dor, nada resta do coração.

Uma escolha que o rapaz no chiqueiro dos porcos tinha era a de voltar ao baile de máscaras e fingir que estava tudo bem.

Ele podia ter recortado sua integridade até a dor desaparecer. Poderia ter feito o que fazem milhões de pessoas. Poderia ter passado toda uma vida no chiqueiro fazendo de conta que era um palácio. Mas não foi o que fez.

Algo lhe disse que esse era o momento da verdade e para a verdade.

Olhou na água. O rosto que viu não era bonito — enlameado e inchado. Ele desviou os olhos. "Não pense nisso. Você não é pior do que os outros. As coisas vão melhorar amanhã."

As mentiras antecipavam um ouvido receptivo. Sempre o haviam encontrado antes. "Não desta vez", murmurou ele. E mirou o seu reflexo.

- Quão baixo caí.

Suas primeiras palavras da verdade.

Ele olhou dentro dos próprios olhos. Pensou em seu pai. — Sempre disseram que eu tinha os seus olhos.

Podia ver a mágoa no rosto do pai quando lhe havia dito que estava de partida.

- Quanto devo tê-lo magoado.

Uma rachadura ziguezagueou através do coração do rapaz.

Uma lágrima pingou na poça. Outra logo se seguiu. Depois outra. Então o dique rompeu-se. Ele enterrou o rosto nas mãos sujas enquanto as lágrimas fizeram o que lágrimas fazem tão bem: limparam-lhe a alma.

Seu rosto ainda estava molhado quando ele se sentou perto do charco. Pela primeira vez em muito tempo pensou no lar. As lembranças aqueceram-no. Lembranças de risos em torno da mesa do jantar. Lembranças de uma cama quentinha. Lembranças de noites na varanda com o pai enquanto ouviam o som hipnótico dos grilos.

- Pai. Ele disse a palavra em voz alta enquanto olhava para si mesmo. — Costumavam dizer que eu era parecido consigo. Agora o senhor nem mesmo me reconheceria. Puxa vida, dei com os burros n'água, não dei?

Ele ergueu-se e pôs-se a andar.

A estrada que levava de volta ao lar era mais longa do que se lembrava. Na última vez que viajara por ela, seu estilo havia feito cabeças voltarem-se. Se fizesse cabeças se voltarem dessa vez, seria por causa do seu fedor. Suas roupas estavam rasgadas, o cabelo emaranhado, os pés pretos. Mas isso não o incomodava porque, pela primeira vez em todo um calendário de sofrimentos, ele estava com a consciência limpa.

Estava voltando ao lar. Voltava ao lar como um homem transformado. Não exigindo receber o que merecia, mas disposto a aceitar qualquer coisa que pudesse receber. "Dê-me" havia sido substituído por "ajude-me", e sua rebeldia havia sido substituída pelo arrependimento.

Voltou pedindo tudo, nada tendo para dar em troca. Não tinha dinheiro algum. Não tinha desculpa alguma.

E não tinha a menor idéia de quanto o pai havia sentido a sua falta.

Não tinha a menor idéia do número de vezes em que o pai se havia detido entre duas tarefas a fim de espiar pelo portão da frente a ver se enxergava o filho. O rapaz não tinha a menor idéia do número de vezes em que o pai havia acordado de um sono inquieto, ido ao quarto do filho e sentado na cama do rapaz. E o filho jamais teria acreditado nas horas em que o pai havia-se sentado na varanda, próximo da cadeira de balanço vazia, olhando, anelando por ver aquele vulto conhecido, aquele andar aquele rosto.

Enquanto o rapaz fazia a curva que levava à casa, ensaiava mais uma vez o que iria dizer.

"Pai, pequei contra os céus e contra ti."

Ele aproximou-se do portão e colocou a mão na tranca. Começou a levantá-la, depois se deteve. O plano de ir para casa subitamente parecia tolo. "O que adianta?", ele ouviu-se perguntando a si mesmo. "Que chance tenho?" Inclinou a cabeça, voltou-se e começou a se afastar.

Então ouviu os passos. Ouviu as batidas de sandálias. Alguém estava correndo. Ele não se voltou para olhar. É provavelmente um empregado vindo me afugentar ou meu irmão mais velho querendo saber o que estou fazendo de volta à sua propriedade. Começou a afastar-se.

Mas a voz que ouviu não era a voz de um empregado nem a voz do irmão; era a voz do pai.
- Filho!
- Pai?

Ele virou para abrir o portão, mas o pai já o tinha aberto. O filho olhou o pai parado na entrada. Lágrimas brilhavam em suas faces enquanto braços se estendiam do leste ao oeste convidando o filho a vir para casa.

- Pai, pequei... As palavras foram sufocadas enquanto o rapaz enterrava o rosto no ombro do pai.

Os dois choraram. Por uma eternidade, ficaram junto ao portão entrelaçados como se fossem um. As palavras eram desnecessárias. O arrependimento havia ocorrido, o perdão havia sido concedido.

O rapaz estava em casa.

Se existe uma cena nesta história que merece ser emoldurada, é a do pai com as mãos estendidas. Suas lágrimas comovem. Seu sorriso emociona. Mas suas mãos nos chamam ao lar. Imagine essas mãos. Dedos fortes. Palmas enrugadas com as marcas da vida. Abertas, estendidas como um largo portão, deixando a entrada como única opção.

Quando Jesus contou essa parábola do pai amoroso, pergunto-me, será que ele usou as mãos? Quando chegou a esse ponto na história, será que abriu os braços para ilustrar o que dizia?

Será que ele percebeu os pensamentos daqueles na audiência que estavam refletindo deste modo: "Eu jamais poderia ir para casa. Não depois da vida que tive"? Será que ele viu uma dona de casa olhar para o chão e um homem de negócios sacudir a cabeça como que a dizer: "Não posso começar de novo. Fiz uma embrulhada grande demais"? E será que ele abriu os braços mais ainda como que a dizer: "Sim. Pode, sim. Pode vir para casa"?

Se ele fez ou deixou de fazer isso aquele dia, não sei. Mas sei que o fez mais tarde. Ele estirou as mãos tanto quanto pôde. Forçou os braços a se abrirem tanto que doeu. E para provar que esses braços jamais se cruzariam e que essas mãos jamais se fechariam, ele fez com que fossem pregados abertos.

Ainda estão assim.

1. Essa história é popularmente atribuída a Harry Emerson Fosdick.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Vida em Cristo - Prova Viva

de Max Lucado

- Jenna, acorde, está na hora de ir à escola.

Ela ouvirá essas palavras milhares de vezes na vida. Mas ouviu-as pela primeira vez esta manhã.

Sentei-me na beira de sua cama algum tempo antes de dizê-las. Para falar a verdade, não queria dizê-las. Não queria acordá-la. Uma estranha hesitação pairava sobre mim ao sentar-me ali na escuridão da madrugada. Envolto pelo silêncio, percebi que minhas palavras a despertariam para um novo mundo.

Por quatro anos-relâmpagos ela havia sido nossa, e apenas nossa. E agora tudo isso ia mudar.

Colocamo-la na cama ontem à noite como "nossa menina" - propriedade exclusiva de mamãe e papai. Mamãe e papai liam para ela, ensinavam-na, ouviam-na. Mas a partir de hoje, alguém mais também o faria.

Até hoje, eram mamãe e papai que limpavam as lágrimas e faziam os curativos. Mas a partir de hoje, alguém mais também o faria.

Eu não queria despertá-la.

Até hoje, sua vida era essencialmente nós - mamãe, papai e a irmãzinha caçula Andrea. Hoje essa vida se ampliaria novos amigos, uma professora. Seu mundo era esta casa o quarto, os brinquedos, o balanço. Hoje seu mundo se expandi-ria. Ela adentraria os átrios sinuosos da educação - pintar, ler, calcular. . .crescer.

Eu não queria despertá-la. Não por causa da escola. E uma boa escola. Não porque não desejo que ela aprenda. Deus sabe que desejo que ela cresça, leia, amadureça. Não porque ela não deseje ir. Ela não tem falado noutra coisa além da escola nesta última semana!

Não, não queria acordá-la porque não queria entregá-la.

Mas acordei-a mesmo assim. Interrompi sua infância com a proclamação inevitável:

- Jenna, acorde... está na hora de ir à escola.

Levei a vida toda para me vestir. Denalyn me viu amuado por ali e ouviu-me cantarolando "Sunrise, Sunset" (Aurora, Ocaso) e disse:

- Você nunca agüentará o casamento dela.

Ela tem razão.

Levamo-la à escola em dois carros para que eu pudesse dirigir-me diretamente ao serviço. Convidei Jenna para ir comigo. Achei que ela precisaria de um pouquinho de afirmação paterna. Conforme ficou patente, era eu quem precisava de afirmação.

Para alguém dedicado à arte das palavras, encontrei muito poucas para dizer à minha filha. Disse-lhe que se divertisse. Disse-lhe que obedecesse a professora. Disse-lhe:

- Se se sentir sozinha ou amedrontada, diga à sua professora para me chamar e virei buscá-la.

- Está bom - sorriu ela. Então pediu-me se podia ouvir uma fita de músicas infantis.

- Tudo bem - falei.

Assim, enquanto ela entoava canções, eu me esforçava para não chorar. Observei-a enquanto ela cantava. Parecia crescida. O pescocinho se espichava tão alto quanto podia para olhar por cima do painel. Os olhos estavam famintos e brilhantes. As mãos estavam cruzadas no colo. Os pés, calçando novíssimos tênis rosa e turquesa, mal se estendiam além do assento.

É esta a menininha que carreguei?
E esta a criancinha que brincava?
Não me lembro de ter ficado mais velho.Quando foi que fiquei assim?
Quando ela passou a ser tão linda?
Quando passei a ser tão alto?
Não era ontem mesmo que eram os pequeninos?
Aurora, ocaso; aurora, ocaso;
Tão depressa voam os dias. 1

- Denalyn tinha razão - resmunguei comigo mesmo - nunca agüentarei o casamento dela.

Em que ela está pensando? conjeturei. Será que sabe como é alta esta escada da educação que começará a subir agora?

Não, ela não sabia. Mas eu sabia. Quantos quadros-negros esses olhos verão? Quantos livros essas mãos segurarão? Quantos professores esses pés seguirão e - engulo em seco - imitarão?

Se estivesse em meu poder, teria, naquele exato momento, reunido todas as centenas de professores, instrutores, treina-dores e tutores que ela teria durante os próximos dezoito anos e anunciaria:

- Ela não é uma aluna comum. É a minha filha. Cuidado com ela!

Quando estacionei e desliguei o motor, minha menina crescida tornou-se pequenina outra vez. E foi a voz de uma menina muito pequenininha que quebrou o silêncio.

- Paizinho, não quero sair.

Fitei-a. Os olhos que haviam estado a brilhar agora refletiam medo. Os lábios que haviam estado a cantar agora tremiam.

Lutei contra um impulso extraordinário de conceder-lhe o que pedia. Tudo em meu íntimo queria dizer: "Está bem, vamos esquecer tudo isto e dar o fora daqui." Por um momento breve, eterno, considerei seqüestrar as minhas próprias filhas, agarrar a minha esposa e escapar a essas horrendas patas do progresso, e viver para sempre nos Himalaias.

Mas eu sabia que não podia. Sabia que era chegada a hora. Sabia que era certo. E sabia que ela estaria bem. Mas jamais pensei que seria tão duro dizer:

- Benzinha, você ficará bem. Venha, eu a carregarei.

E ela ficou. Um passo para dentro da classe e o gato da curiosidade apoderou-se dela. Eu me afastei. Entreguei-a. Não muito. E não tanto quanto terei de fazer no futuro. Mas entreguei-a tanto quanto pude hoje.

Enquanto eu caminhava de volta ao carro, um versículo apoderou-se de mim. Era uma passagem que eu havia estudado antes. Os acontecimentos de hoje transpuseram-na da teologia branca e preta para a realidade colorida.

"Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?" (Romanos 8:31,32).

Foi assim que Deus se sentiu? O que eu senti hoje de manhã é de alguma forma parecido com o que o Senhor sentiu quando entregou seu Filho?

Se foi, isso explica muita coisa. Explica a proclamação dos anjos aos pastores nas cercanias de Belém. (Um pai orgulhoso anunciava o nascimento de um filho.)

Explica a voz no batismo de Jesus: "Este é meu filho... " (O Senhor fez o que eu queria fazer mas não pude.)

Explica a transfiguração de Moisés e Elias no alto do monte. (O Senhor os enviou para encorajá-lo.)

E explica como o seu coração deve ter doído quando ouviu a voz entrecortada de seu filho: "Pai, passa de mim este cálice."

Eu estava soltando Jenna dentro de um ambiente seguro com uma professora compassiva e pronta para enxugar quaisquer lágrimas. Mas o Senhor soltou Jesus em uma arena hostil com um soldado cruel que transformou as costas do seu Filho em carne viva.

Eu me despedi de Jenna sabendo que ela faria amizades, riria, desenharia figuras. O Senhor despediu-se de Jesus sabendo que cuspiriam nele, caçoariam dele e o matariam.

Entreguei minha filha plenamente ciente de que se ela precisasse de mim, eu estaria ao seu lado num instante. O Senhor despediu-se de seu Filho plenamente ciente de que quando ele mais precisasse do Pai, quando seu brado de desespero rugisse pelos céus, o Pai ficaria em silêncio. Os anjos, embora em posição de alerta máximo, não receberiam nenhuma ordem sua. Seu Filho, embora em angústia, não sentiria nenhum conforto vindo das mãos do Pai. "Ele deu o melhor que tinha", raciocina Paulo. "Por que duvidaríamos do seu amor?"

Antes que o dia terminasse, sentei-me em silêncio uma segunda vez. Desta vez, porém, não ao lado de minha filha, mas diante do meu Pai. Desta vez, não triste por causa do que eu tinha de dar, mas grato por aquilo que já havia recebido - a prova viva de que Deus se importa.

1. "Sunrise, Sunset" (Jerry Bock, Sheldon Harnick), direitos autorais 1964 - Alley Music Corp. e Trio Music Co. Inc. Todos os direitos reservados. Usado com permissão.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Vida em Cristo - O Pai Pródigo

- O fim é melhor do que o começo

de Antenor Gonçalves

O jovem pai iniciou sua jornada. “O caminho é longo?”, ele perguntou. O mentor disse: “Sim, o caminho é longo e duro. Você estará bem velhinho antes de chegar ao fim dele. Mas lembre-se de uma coisa; o fim será melhor do que o começo”.

O jovem pai estava tão feliz que não podia acreditar que qualquer coisa poderia ser melhor do que aqueles anos. Ele brincava com seus filhos e os ensinava seus esportes favoritos; desde andar de bicicleta até parar debaixo de uma noite estrelada para contar as estrelas. Ele os ajudava a ter apreço pela natureza e admirar as plantas e as flores ao longo do caminho. Juntos, se divertiam nas águas cristalinas dos riachos e o sol brilhava sobre eles e a vida era tão boa, e o jovem pai exclamava; “Nada, jamais poderá ser melhor do que isso!”.

Então a noite veio e um temporal bateu e o caminho escureceu. Seus filhos tremeram de medo e frio. O pai os trouxe para bem pertinho de si e os abraçou com um manto que cobria e protegia as crianças. Naquela noite, os filhos disseram: “Ó pai, nós não estamos mais com medo, pois o senhor está perto e nenhum mal pode nos sobrevir". E o jovem pai disse: "Isto é melhor do que o brilho do dia, pois hoje, meus filhos foram ensinados o que significa ter coragem".

Na manhã seguinte, eles tinham uma grande montanha diante deles. Os filhos começaram a se cansar enquanto subiam. O pai também estava cansado, mas ele dizia o tempo todo aos filhos: “Um pouco mais de paciência e logo chegaremos no topo desta montanha”. Assim, os filhos escalaram e ao chegarem no topo, disseram: “Não teríamos conseguido sem você pai”. E o pai, quando se deitou naquela noite debaixo do céu estrelado disse: “Hoje, com certeza, foi melhor do que ontem, pois meus filhos aprenderam a ter força diante dos desafios. Ontem eu lhes dei coragem, hoje eu lhes dei a força”.

No dia seguinte, os ventos sopraram nuvens estranhas que escureceram a terra – nuvens de guerras, ódio e destruição. Os filhos tatearam e tropeçaram e o pai disse: “Filhos, olhem para cima. Ergam os olhos para acima das nuvens. Olhem para a Luz”. E os filhos olharam e viram, acima das nuvens, a Glória Eterna e ela os guiou, e, assim foram conduzidos com segurança na travessia pela escuridão. Naquela noite, o pai disse: “Este, com certeza, foi o melhor dia de todos, pois, hoje eu mostrei Deus aos meus filhos”.

E os dias se passaram, e as semanas e meses se foram e o pai envelheceu. Agora, depois de muitos anos, ele estava pequeno e curvado, porém, seus filhos eram altos e fortes. Seus filhos andavam com coragem e quando o caminho era duro, eles estavam ali ao lado do pai para ajudá-lo. Quando o caminho era cheio de obstáculos, os filhos o erguiam e carregavam-no, pois ele estava tão leve quanto uma pena.

Finalmente, chegaram a um monte e lá de cima, enxergaram uma estrada que reluzia com um brilho intenso. Ao olharem, viram um grande portão de ouro que estava escancarado. E o pai disse: “Filhos, cheguei ao fim da minha jornada. Agora sei que o fim é melhor do que o começo. Hoje vocês têm a força, a coragem e a sabedoria para caminharem sozinhos e para conduzirem seus filhos.

E, ali parados enquanto observavam, o pai caminhou sozinho rumo ao portão que se fechou após ter entrado. Os filhos se entreolharam e disseram: “Embora temporariamente não possamos vê-lo, ele continuará conosco para sempre. Um pai como o nosso é mais do que uma simples lembrança. Ele é uma presença viva no nosso meio”.

O Retrato de um Pai Pródigo

1. Em primeiro lugar, um pai pródigo é um pai generoso. Não quero dizer com isso que seja generoso com um dilúvio de presentes sobre os filhos levando-os ao mimo e ao egocentrismo. O pai verdadeiramente pródigo é generoso no tempo que dispensa aos filhos. Contrastando com a maioria que diz que qualidade é mais importante que quantidade, o pai pródigo sabe que qualidade só é encontrada na quantidade. Por isso, ele aproveita cada momento com seus filhos. Aquilo que parece ser trivial aos olhos de um adulto pode ser crucial na formação de uma criança. O pai pródigo sabe disso e se envolve na vida e nas atividades de seus filhos.

2. O pai pródigo sabe que tem a responsabilidade de ensinar valores e princípios aos seus filhos. Ele não relega esta responsabilidade à televisão, escola, estado, nem à igreja. Ele compreende que um dia será julgado pelo legado que passou ou deixou de passar aos seus filhos.

3. O pai pródigo entende que a maior herança que seus filhos receberá dele não é bens materiais, uma boa educação nem uma genética de longevidade. A riqueza de uma criança está na fé que ela possui que conseguirá transpor os montes com determinação, encarar seus vales com coragem, e enxergar além das nuvens escuras e turbulentas. Esta fé deve ser fincada num Deus que criou os montes e os vales e que reina acima das nuvens.

4. O pai pródigo sabe que o fim é melhor do que o começo. Ele só se contenta quando vê que seus filhos andam de cabeça erguida, corajosamente, com um caráter irrepreensível e que os filhos de seus filhos estão na mesma jornada.

domingo, 1 de agosto de 2010

Vida em Cristo - Dia dos Pais

de Dennis Downing

Este dia dos pais nós temos no noticiário do Brasil dois exemplos que chamaram muita atenção nos últimos tempos.

O primeiro exemplo nós vamos lembrar agora. O segundo lembraremos um pouco mais adiante.

Na madrugada de sábado dia 23 de junho de 2007, Sirlei Dias saiu cedo do apartamento onde trabalha como doméstica na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ela estava indo para uma consulta médica. Como qualquer pessoa pobre, que depende da rede pública hospitalar, ela tinha que chegar cedo, senão, poderia perder a vaga.

Enquanto Sirlei aguardava numa parada de ônibus, quatro jovens desceram de um Gol e começaram a puxar a bolsa dela e agredi-la.

De acordo com Sirlei, “Levei muitos pontapés e chutes no rosto. Coloquei o braço na frente, para me proteger e eles passaram a me dar socos e cotevaladas na cabeça”.

Os quatro jovens e o motorista do carro eram todos de classe alta. São moradores de condomínios de luxo na Barra da Tijuca. Todos os jovens são alunos de faculdades em cursos como Turismo, Administração e Direito.

O pai de um dos agressores chamou o que seu filho fez de “deslize” e ainda declarou sobre a agressão que “Sirley é mais frágil por ser mulher, por isso fica roxa com apenas uma encostada”.

O mesmo pai ainda disse que, se pudesse, daria uma surra em seu filho pelo que fez.

Podemos ver nas atitudes daquele pai aquilo que foi refletido nas ações do filho.

Por um lado ele minimizou a agressão a um outro ser humano, neste caso uma mulher sem condições de se defender.

Por outro lado, se o pai estaria disposto a dar uma surra em seu filho adulto já vemos de onde deve ter partido as lições de casa que acabaram naquela agressão.

Todos os pais reconheceram que a agressão que seus filhos cometeram foi errado. Alguns tentaram minimizar, mas, todos reconheceram que foi errado.

Todos queriam que o episódio não tivesse ocorrido, mas, infelizmente já era tarde demais.

Houve um pai naquela história que parece ter dado a lição certa aos seus filhos.

Infelizmente, foi o pai da vítima.

Não foi um pai de classe media ou alta, com educação e dinheiro. Não foi um pai que tinha condições de dar tudo na vida a seus filhos.

Foi um pedreiro de 54 anos e quatro filhos. Um homem simples e sem muita educação, mas, que soube educar seus filhos com amor e respeito pelos outros.

Depois de saber dos comentários dos pais dos jovens privilegiados que agrediram sua filha, o pai de Sirlei, Seu Renato Moreira Carvalho disse “Eu criei quatro filhos e nunca tive condições de dar uma bicicleta para eles, mas, soube dar limites”. “Eu criei quatro filhos e nunca tive condições de dar uma bicicleta para eles, mas, soube dar limites”.

Um dos maiores presentes que um pai pode dar a seu filho é justamente limites.

Como são esses limites?

1. Começa com o ensino sobre Deus.

Dt 6:6-7 LH - “Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem”.

Dt 11:18-19 LH - “Amarrem essas leis nos braços e na testa, para que não se esqueçam delas, e não deixem de ensiná-las aos seus filhos”.

Dt 31:12-13 LH - “Reúnam todo o povo - homens, mulheres, crianças e os estrangeiros que moram nas cidades onde vocês vivem - para que ouçam a leitura, aprendam a Lei, temam O Eterno, o nosso Deus, e obedeçam fielmente a tudo o que a Lei manda. Assim os seus descendentes que ainda não conhecerem a Lei de Deus também ouvirão a leitura e aprenderão a temer o Eterno, o nosso Deus, durante todo o tempo em que viverem na terra que fica do outro lado do rio Jordão e que vai ser do povo de Israel”.

É preciso transmitir os princípios básicos que regem a fé e o comportamento
não apenas ao primogênito,
não apenas ao herdeiro,
não apenas às filhas,
não apenas aos mais dóceis,
não apenas aos de tendência mais religiosa.
Não apenas a Jacó, mais caseiro e mais místico, mas também a Esaú, mais independente e mais profano.
Não apenas a Abel, mas também a Caim.
A casa toda, o que vale dizer a família inteira, tem de pertencer ao Senhor.
Daí as palavras de Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24:15).
O que você faz ou não faz hoje vai ter um impacto não somente nos seus filhos, mas para gerações.
[de um artigo na revista “Ultimato” chamado “A Lei Da Transmissão”, Ultimato, Nov., ‘97, pp. 32-33]

2. O segundo passo é o respeito pelos próprios pais.

Êxodo 20:12 “Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o SENHOR, o teu Deus, te dá.”

Como Paulo lembrou, este é o primeiro mandamento com uma promessa (Efé 6:2).

Quer que seus filhos sejam abençoados por Deus? Ensine-os a lhe respeitarem

Como é que você ensina filhos a lhe respeitarem?

Primeiramente sendo homens que inspiram respeito.

Nós não ganhamos ou exigimos respeito. Nós inspiramos.

Se seu filho lhe ouve ensinando a não mentir, mas, vê você dizendo à esposa quando aquele colega chato liga “diga a ele que não ‘tô aqui”, você está inspirando respeito ou desrespeito?

Se você é casado com a mãe dele, mas, não consegue parar de olhar para outras mulheres, este é um exemplo para respeitar?

Se você, ao tentar colocar limites, excede os limites na disciplina, ele vai lhe respeitar?

“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” Efésios 6:4

A disciplina do Senhor também tem limites.

Bater num filho com mais de dez anos ou xingá-lo ou humilhá-lo não é a “disciplina do Senhor”.

Este tipo de “disciplina” pode criar filhos que não respeitam os limites daquilo que podem fazer com os outros.

Se queremos criar filhos que respeitam os limites da casa e da família, nós temos que ter limites em como criamos e disciplinamos aqueles filhos.

1. Ensine-os a respeitarem a Deus e os limites que Ele coloca.
2. Ensine-os a lhe respeitarem e os limites que você coloca.
3. Ensine-os a respeitarem os limites que a sociedade impõe.

3. Respeito pelo próximo

** Eu tive um professor de Estudos Sociais que dizia “Seus direitos e suas liberdades terminam onde começam os direitos e liberdades do próximo”.

É meio simplista, mas, há uma verdade muito importante o ditado.

Eu preciso aprender a conviver com limites fora da minha casa.

Eu preciso reconhecer que há um limite naquilo que posso fazer diante da liberdade de outras pessoas.

** Seu Juraci Martins, de 54 anos, vendedor de embreagens remanufaturadas entrou no noticiário brasileiro recentemente pelo fato de ter se negado a pagar a fiança de seu filho Rodolfo, preso por provocar um acidente de trânsito enquanto dirigia alcoolizado e com a habilitação vencida.

Sr. Juraci disse “Fiz isso por amor”.

Ele entendeu que tinha que dar um basta no processo de socorrer um filho que evidentemente havia perdido totalmente os limites em sua vida.

Alguns o criticaram pela atitude, outros apoiaram sua decisão.

Mas, o que ele fez foi colocar limites. Ele não precisou bater em seu filho ou gritar no rosto dele. Ele simplesmente recusou socorrer o filho e o deixou experimentar a conseqüência dos seus próprias erros.

Há vários limites que podemos colocar, dependendo da idade:
- Cortar mesada
- Cortar privilégios como televisão, computador, som
- Colocar limites nos horários de saírem de casa
- Parar de socorrer

Parar de socorrer não quer dizer deixar de ajudar. Mas, quando os filhos tem idade para dirigir, votar ou cursar faculdade, tem idade para lidar com as conseqüências das suas ações.

Ensine seus filhos a respeitarem o próximo e a convivência com outras pessoas que também tem seus direitos e liberdades.

O Brasil atravessa um momento que podemos até dizer é histórico.

Toda uma geração foi criado com o conceito de que a criança deve receber o máximo de liberdade e o mínimo de limites.

Estamos testemunhando as conseqüências desastrosas de tal tipo de conceito de criação.

Salas de aula em caos, medo e violência nas ruas, em grande parte por causa de atitudes de jovens e crianças, e pais perplexos em saber como tirar seus filhos do caminho da criminalidade.

O primeiro passo começa em casa.

Eu volto a lembrar o exemplo de Seu Renato Moreira Carvalho.
Um pedreiro, com pouca educação ou oportunidades na vida.
Ele soube dar o que era melhor para seus filhos – ele deu limites.
Que nós possamos fazer o mesmo com os nossos filhos.

Um dia, no céu, não haverá limite para a alegria e a gratidão que seu filho vai sentir por ter sido criado por você, dentro dos limites que Deus estabeleceu – e no caminho da Salvação.

Faremos isso se

1. Ensinamos nossos filhos a respeitarem a Deus e os limites que Ele coloca.
2. Ensinamos nossos filhos a respeitarem e os limites que nós coloca.
3. Ensinamos nossos filhos a respeitarem os limites que a sociedade impõe.

Que Deus nos abençoe.
 

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