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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Que diferença faz se Deus existe?

 As pessoas ocidentais por viverem em contextos de origem cristã não conseguem perceber a importância da existência de Deus. Então, devemos mostrar as implicações da existência de Deus para pessoas descrentes. Na Rússia está havendo um crescimento do cristianismo devido “a prova do contrário”, pois o povo viu que o marxismo por tantos anos não deu certo.
Filósofos existencialistas como Sartre analisaram que de fato a inexistência de Deus torna a vida sem sentido. Apesar disso não ser uma prova em favor da existência de Deus, isso mostra a importância da pergunta. Ninguém que conhece as implicações do ateísmo pode ignorar a pergunta “que diferença faz se Deus existe”, pois sem Deus a vida humana é absurda: a vida não tem sentido, valor ou propósitos superiores e definitivos.
  1. Sentido: significado (porque algo importa)
  2. Valor: bem ou mal (certo ou errado)
  3. Propósito: alvo (razão de algo existir)
Minha defesa é que se Deus não existe, então tais coisas não existem, além de em nossas próprias cabeças. Não estou dizendo que ateus são imorais ou não tem alvos, mas que segundo o ateísmo todas as coisas são somente ilusões subjetivas.
Consideremos a questão da imortalidade. Se Deus não existir tanto o homem quanto o universo estão fadados à morte, ao “não ser”. Conforme diz o filósofo existencialista Jean-Paul Sartre: “Uma vez perdida a eternidade, não faz muita diferença se isso demorar muitas horas ou muitos anos”. A consequência disso é que a vida se torna absurda:
1) Sem sentido final: se toda pessoa deixa de existir quando morre, qual a diferença final faz nossa vida. Certamente, podemos ter influência relativa, mas nenhuma importância absoluta. Em última análise, não faz diferença e a humanidade não tem nenhuma diferença de um bando de mosquitos. Mas mesmo tendo imortalidade, não é só disso que o homem precisa para ter sentido. O homem precisa de imortalidade e de Deus e se Deus não existe, o homem não tem nenhum dos dois.
2) Sem valor: sem imortalidade e se tanto o bom quanto o mal tem o mesmo fim, então não existe razão para sermos morais. “Não pode haver virtude sem imortalidade” (Dostoievski). Dizer que a moralidade flui de interesses comuns (uma mão lava outra) é uma resposta simplista que ignora que os interesses de algumas pessoas vão diretamente contra o de outras. Sem imortalidade não há nenhum razão objetiva para moralidade. E se Deus não existe, não há um padrão objetivo de moralidade, tornando-se só uma construção do gosto pessoal, da evolução ou da sociedade.
3) Sem propósito: se tudo está fadado à morte, então não há nenhum propósito na vida ou no universo.  Se Deus não existe, a vaidade descrita em Eclesiastes é verdade: “Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade” (Eclesiastes 3:19). Se a vida acaba com a morte não temos um propósito final com a vida. E, além disso, mesmo com a imortalidade, mas sem Deus, o homem continuaria a sendo um mero acidente cósmico, um produto casual de matéria, tempo e chance, sem razão nenhuma de existência. Se Deus não existe você não passa de um aborto da natureza, lançados sem propósitos para viverem uma vida sem propósito.
Se Deus não existe, então tudo o que temos é o desespero. Como Schaeffer diz: “Se Deus está morto, então o homem também o está”. O filósofo ateu Bertrand Russell, por exemplo, sugeriu que devemos construir nossas vidas “sob o firme fundamento do desespero incessante”.  A vida consistente com o ateísmo é uma vida infeliz. Toda felicidade de um ateu é uma inconsistência. Nietzsche, filósofo existencialismo, em uma história previu as consequências do ateísmo:
Não ouviram falar daquele homem louco que em plena manhã acendeu uma lanterna e correu ao mercado, e pôs-se a gritar incessantemente: “Procuro Deus! Procuro Deus!”? – E como lá se encontrassem muitos daqueles que não criam em Deus, ele despertou com isso uma grande gargalhada. Então ele está perdido? Perguntou um deles. Ele se perdeu como uma criança? Disse um outro. Está se escondendo? Ele tem medo de nós? Embarcou num navio? Emigrou? – gritavam e riam uns para os outros. O homem louco se lançou para o meio deles e trespassou-os com seu olhar. “Para onde foi Deus?”, gritou ele, “já lhes direi! Nós os matamos – vocês e eu. Somos todos seus assassinos! Mas como fizemos isso? Como conseguimos beber inteiramente o mar? Quem nos deu a esponja para apagar o horizonte? Que fizemos nós ao desatar a terra do seu sol? Para onde se move ela agora? Para onde nos movemos nós? Para longe de todos os sóis? Não caímos continuamente? Para trás, para os lados, para a frente, em todas as direções? Existem ainda ‘em cima’ e ‘embaixo’? Não vagamos como que através de um nada infinito? Não sentimos na pele o sopro do vácuo? Não se tornou ele mais frio? Não anoitece eternamente? Não temos que acender lanternas de manhã? Não ouvimos o barulho dos coveiros a enterrar Deus? Não sentimos o cheiro da putrefação divina? – também os deuses apodrecem! Deus está morto! Deus continua morto! E nós o matamos! Como nos consolar, a nós, assassinos entre os assassinos? O mais forte e sagrado que o mundo até então possuíra sangrou inteiro sob os nossos punhais – quem nos limpará esse sangue? Com que água poderíamos nos lavar? Que ritos expiatórios, que jogos sagrados teremos de inventar? A grandeza desse ato não é demasiado grande para nós? Não deveríamos nós mesmos nos tornar deuses, para ao menos parecer dignos dele? Nunca houve ato maior – e quem vier depois de nós pertencerá , por causa desse ato, a uma história mais elevada que toda a história até então!” Nesse momento silenciou o homem louco, e novamente olhou para seus ouvintes: também eles ficaram em silêncio, olhando espantados para ele. “Eu venho cedo demais”, disse então, “não é ainda meu tempo. Esse acontecimento enorme está a caminho, ainda anda: não chegou ainda aos ouvidos dos homens. O corisco e o trovão precisam de tempo, a luz das estrelas precisa de tempo, os atos, mesmo depois de feitos, precisam de tempo para serem vistos e ouvidos. Esse ato ainda lhes é mais distante que a mais longínqua constelação – e no entanto eles cometeram! – Conta-se também no mesmo dia o homem louco irrompeu em várias igrejas , e em cada uma entoou o seu Réquiem aeternaum deo. Levado para fora e interrogado, limitava-se a responder: “O que são ainda essas igrejas, se não os mausoléus e túmulos de Deus?”. (Nietzsche, A Gaia ciência, fragmento 125)
A cosmovisão cristã fornece tanto a existência de Deus, quanto a imortalidade, necessárias para uma vida significativa e objetivamente feliz. Então, se só tivéssemos isso, parece muito mais razoável escolher o cristianismo. Conforme a aposta de Pascal: “quem apostar na existência de Deus, se ganhar, é evidente que tudo ganha, mas caso perca, nada perde. Trata-se de um jogo em que se arrisca o finito para ganhar o infinito”.
Você consegue ver agora a importância da pergunta “Que diferença faz se Deus existe?”? Considere-a atentamente.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Dízimo: Voluntário ou Obrigatório?


Wilson Porte fala sobre como os crentes da nova aliança devem lidar com o dízimo: o que a Bíblia fala sobre ele? É obrigatório ou voluntário? 10%? Mais? Menos? Seria o dízimo algo bíblico?



Wilson Porte fala sobre como os crentes da nova aliança devem lidar com o dízimo: o que a Bíblia fala sobre ele? É obrigatório ou voluntário? 10%? Mais? Menos? Seria o dízimo algo bíblico?

Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/05/conexao-7-dizimo-voluntario-ou-obrigatorio/#ixzz2CxlTMGLi
Wilson Porte fala sobre como os crentes da nova aliança devem lidar com o dízimo: o que a Bíblia fala sobre ele? É obrigatório ou voluntário? 10%? Mais? Menos? Seria o dízimo algo bíblico?

Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/05/conexao-7-dizimo-voluntario-ou-obrigatorio/#ixzz2CxlTMGLi

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Descanso e Paz



Wilson Porte fala sobre o descanso e a paz que Deus deseja nos trazer em meio à tantos fardos que a vida (e pecados) nos trazem. Descubra como encontrar a paz.



sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Vídeo-aula: Teologia Bíblica com Rev. Augustus Nicodemus

Vídeo-aulaTeologia Bíblica com Rev. Augustus Nicodemus. Assista três palestras ministradas durante o 1º modulo do Curso Fiel de Liderança. 

A Inerrância da Bíblia - Augustus Nicodemus - CFL 2012 

  A Importância da Interpretação - Augustus Nicodemus - CFL 2012



Teologia Paulina - Um Estudo de Caso - Augustus Nicodemus - CFL 2012



por
Baixe o e-book do livro "O que é uma Igreja Saudável" acesse:http://www.editorafiel.com.br/igrejasaudavel

Mais vídeos completos: http://www.editorafiel.com.br/CFL/2012/videoaulas.php

Aula ministrada no Curso Fiel de Liderança 2012.

Conheça o Curso Fiel de Liderança: http://www.editorafiel.com.br/CFL/

Inscreva-se: http://www.editorafiel.com.br/CFL/2012/inscricao.php

Adquira o DVD do CFL: http://bit.ly/HTQ5Tz

O que é o Curso Fiel de Liderança - CFL
Com o propósito de prover ao pastor, ao líder, ao professor e estudante de teologia uma oportunidade de reflexão e aprofundamento em temas bíblicos, a Editora Fiel criou o Curso Fiel de Liderança, o CFL. A fim de tornar isto possível, estabelecemos parcerias com seminários, institutos bíblicos, instituições teológicas e organizações de ensino de reconhecida excelência acadêmica e, sobretudo, genuíno interesse pelo evangelho de Jesus Cristo, a expansão do Reino e a Glória de Deus. Neste primeiro ano do CFL, oferecemos o curso 9 Marcas de Uma Igreja Saudável.

Instituições Parceiras:
FITRef: http://www.fitref.org
Seminário JMC: http://www.seminariojmc.br/datafiles/capa/capa.htm
Escola Charles Spurgeon: http://www.escolacharlesspurgeon.com.br
Fatebe: http://www.fatebe.edu.br
Seminário Martin Bucer: http://www.bucer.eu/brasil.html

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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Justificados Gratuitamente - Paul Washer

Trecho da mensagem pregada por Paul Washer na Conferência Fiel para Pastores e Líderes 2012.

Vídeos Completos: http://www.editorafiel.com.br/detalhes_videoteca.php?id_conf=54

Saiba mais sobre a Conferência Fiel, acesse:
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28ª Conferência Fiel para Pastores e Líderes - Brasil
Tema: Alicerces da fé cristã - O que me torna um cristão?
Ano: 2012
Preletor: Paul Washer

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Lembre-se de que Jesus te perdoou - Martha Peace

Trecho da mensagem de Martha Peace no workshop da Conferência Fiel para Pastores e Líderes 2010.

Vídeos Completos: http://www.editorafiel.com.br/detalhes_videoteca.php?id_conf=47

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26ª Conferência Fiel para Pastores e Líderes - Brasil
Tema: Esposa Excelente
Ano: 2010
Preletora: Martha Peace

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Um Chamado para os Jovens - Clodoaldo Machado


 
Pastor Clodoaldo Machado pastoreia a Igreja Batista Parque Industrial em São José dos Campos - SP desde o ano 2000. É bacharel em teologia pelo Cetevap - Centro de Estudos Teológicos do Vale do Paraíba, e pós graduado em aconselhamento bíblico pela Faculdade Teológica Batista de Campinas e Southeaster Baptist Seminary (EUA). Pr.Clodoaldo é casado com Patrícia e tem dois filhos, Nathan e Nathalia.
 
Quando encontramos a salvação em Cristo Jesus, inicia-se em nosso coração uma batalha. A Bíblia nos diz que esta não é uma batalha pequena, é uma grande guerra capaz de consumir muito esforço. Esta luta é contra o pecado. É uma luta tão intensa que o livro de Hebreus a compara com um derramamento de sangue: Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue (Hb.12.4). Todos os crentes em Cristo Jesus estão inevitavelmente envolvidos nesta batalha, ninguém está isento dela. Assim, todos temos que lutar para a glória de Deus.

O que a Bíblia também ensina é que esta luta pode ser diferente de pessoa para pessoa. Todos lutam, mas há diferenças entre as batalhas que cada um tem. João Batista demonstra esta diferença. Quando ele estava no rio Jordão batizando as pessoas que demonstravam arrependimento, vieram a ele para serem batizados alguns com motivações erradas. Ele os advertiu com veemência por aquela atitude. Então começaram a perguntar a ele o que deveriam fazer. João Batista difere aquelas pessoas em suas lutas contra o pecado. Aos que tinham duas túnicas e comida, ele diz que deveriam repartir com quem não tinha. Aos publicanos, ele diz que não deveriam cobrar além do estipulado. Aos soldados, ele diz que não deveriam maltratar as pessoas, nem dar falso testemunho e deveriam contentar-se com o seu soldo (Lc.3.7-14). Notemos que entre aquele grupo as lutas contra o pecado teriam modalidades diferentes. Para uns, a luta se apresentaria de uma forma e para outros, de outra. Portanto, precisamos reconhecer que a luta contra o pecado pode ser diferente de pessoa para pessoa.

Quando pensamos nos jovens, a Bíblia os tem chamado à pureza. Eles, como todos os outros crentes são chamados a manterem uma vida pura. O crente que reconhece o que Deus fez por ele vai desejar viver para o inteiro agrado de Seu Salvador, e isso envolve o empenho por uma vida santa.

O salmo 119.9 fala especificamente à juventude e diz: De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.

Aqui podemos pensar sobre a pureza na vida dos jovens. Este versículo da Palavra de Deus tem muito a dizer àqueles que querem lutar com destreza contra o pecado. Deste versículo, podemos extrair verdades que ajudam o jovem em sua luta pela pureza. A palavra jovem aqui fala de alguém com pouca idade, porém capaz de assumir responsabilidade. A palavra hebraica é a mesma usada para Geazi, o moço de Eliseu (2Ra.5.20), um jovem que tinha tarefas a realizar e era considerado responsável. Ainda que a palavra possa ser usada para crianças, estamos falando de jovens.

De que maneira o jovem pode travar a luta contra o pecado?

Primeiro, reconhecendo que há problemas específicos da juventude. Quando pensamos na juventude, a Bíblia também reconhece que há uma luta específica para ela. A palavra de Deus afirma que os jovens têm tentações próprias da idade. O livro de Provérbios fala com muita clareza sobre os problemas que a juventude enfrenta (Provérbios 7, por exemplo). Isto nos mostra que há problemas próprios desta fase da vida. Eclesiastes fala aos jovens: Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer (Ec.12.1). Pedro também escreveu: Rogo, igualmente aos mais jovens: Sede, submissos aos que são mais velhos; outrossim no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede sua graça (1Pe.5.5). A Bíblia nos diz que devemos resistir ao diabo e ele fugirá de nós (Tg.4.7), porém quando se trata das paixões da mocidade ela ordena os jovens a fugirem (2Tm.2.22). A respeito disso, Paul Washer disse com peculiaridade: "As paixões da mocidade são mais perigosas que o diabo". Não devemos pensar que os problemas dos jovens são todos comuns às outras faixas etárias. Eles têm sofrimentos peculiares para manter uma vida pura. Jovens humildes começam a sua luta contra o pecado reconhecendo que existem dificuldades especificas para eles. Sem este reconhecimento, a derrota pode ser inevitável.

A segunda maneira para lutar com destreza contra o pecado é crendo que a pureza é possível. O salmista afirma que há uma maneira para o jovem guardar puro o seu caminho. Deus não chamaria os jovens à pureza se isso não lhes fosse possível. Aqui ele fala de uma conduta pura. Somos tentados a pensar que a pureza para alguns é impossível. Tendemos a tolerar uma juventude impura, afirmando que isso é próprio da idade. Somos tentados a ouvir os conselhos mundanos que dizem que os jovens devem ter a liberdade para extravasar seus desejos, seus impulsos biológicos e aproveitar esta fase da vida. Isso é contrário à Palavra de Deus. Ainda que jovens tenham lutas específicas de sua idade, a pureza não é impossível para eles.

A pureza, porém, não é uma vida perfeita, onde não há a presença do pecado. Sabemos que enquanto estamos aqui neste mundo vivemos lutando com o pecado. A pureza aqui é uma vida de santificação progressiva, de crescimento espiritual, uma vida vivida sob a luz do Evangelho, sem obscuridades. Jovens puros não têm nada a esconder. Eles não se envergonham do que veem na internet, não se envergonham do que assistem na TV, não se envergonham do que fazem com alguém do sexo oposto. Eles agem assim, não porque são perfeitos a ponto de estarem totalmente livres do pecado, mas sim porque são puros. Davi orou e pediu a Deus um coração puro (Sl.51.10). Ele desejava um viver que agradasse a Deus. A pureza é possível e jovens humildes a buscam para a glória de Deus.

A terceira maneira para lutar com firmeza contra o pecado é reconhecendo a exclusividade da Palavra de Deus para a pureza. O salmista afirma que um caminho puro é conseguido quando ele é observado por meio da Palavra de Deus. Jesus afirmou que por meio de Sua Palavra seus discípulos estavam sendo limpos, a fim de que produzissem mais fruto (Jo15.1-3). Paulo escreveu que a Igreja tem sido purificada por meio da lavagem de água pela palavra (Ef.5.26). O salmo 19.8 diz que o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos.

A pureza é alcançada quando a mente está cheia da Palavra de Deus. Isso envolve tempo, disposição e empenho. Quando a mente é renovada o resultado é um caminhar puro. Isto requer comprometimento com a igreja. A palavra de Deus está na igreja. Ela é a coluna e baluarte da verdade (1Tm.3.15). Sem um envolvimento sério com a igreja, não se consegue um coração cheio da Palavra de Deus. Aqueles que resolverem lutar contra o pecado sem estarem protegidos pela comunhão com a igreja já começarão perdendo. É por meio da igreja que recebemos a Palavra de Deus, através do ensino e dos conselhos sábios (1Ts.5.12-14). Sem uma igreja que leve o ensino a sério não teremos um coração cheio da Palavra de Deus. Por meio da igreja, temos companhia e assim podemos perceber os efeitos da Palavra de Deus em nossas vidas e também na vida de nossos irmãos. Por meio da igreja, temos a proteção a fim de não nos afastarmos do caminho santo. Quando os jovens ficam reclusos e começam a se isolar, vão gradativamente se afastando da igreja, e isso pode ser um sinal claro de impureza em seu caminho. O pecado é sempre isolacionista, sempre quer manter seus segredos. O jovem que observa seu caminho segundo a Palavra de Deus está comprometido com a igreja, e assim é protegido de si mesmo.

Portanto, os jovens são chamados para um caminhar puro neste mundo. Isto não é uma utopia, isto é uma possibilidade real. A juventude tem sua luta, ela não é pequena, entretanto ela não é uma guerra invencível, porque em Cristo Jesus somos mais que vencedores.

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

O Valor de Aprender História - John Piper


John Piper é um dos ministros e autores cristãos mais proeminentes e atuantes dos dias atuais, atingindo com suas publicações e mensagens milhões de pessoas em todo o mundo. Ele exerce seu ministério pastoral na Bethlehem Baptist Church, em Minneapolis, MN, nos EUA desde 1980.


Uma Lição a partir de Judas

A pequena carta de Judas nos ensina algo sobre o valor de aprender história. Este não é o ponto principal da carta, mas é um fato impressionante.

Neste penúltimo livro da Bíblia, Judas escreve para encorajar os santos a "batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (versículo 3). A carta é um chamado à vigilância em vista de "certos indivíduos [que] se introduziram com dissimulação... homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo" (versículo 4). Judas descreve essas pessoas em termos vívidos. Eles "dizem mal do que não sabem" (versículo 10); são "murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros" (versículo 16). Eles "promovem divisões, [e são] sensuais, que não têm o Espírito" (versículo 19).

Esta é uma avaliação devastadora de pessoas que não estão fora da igreja, mas que "se introduziram com dissimulação." Judas quer que eles sejam reconhecidos pelo que são, de forma que a igreja não seja enganada e arruinada pelos seus falsos ensinos e comportamentos imorais.

Uma de suas estratégias é compará-los a outras pessoas e eventos na história. Por exemplo, ele diz que "Sodoma e Gomorra... havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição" (versículo 7). Assim, Judas compara aquelas pessoas com Sodoma e Gomorra. Seu ponto ao fazer isto é dizer que Sodoma e Gomorra são postas como "um exemplo" do que acontece quando as pessoas vivem como estes intrusos estavam vivendo. Assim, na mente de Judas, conhecer a história de Sodoma e Gomorra é muito útil para ajudar a detectar tal erro e desviá-lo dos santos.

Similarmente, no versículo 11, Judas acumula três outras referências a eventos históricos, como comparações com o que está acontecendo em seus dias entre os cristãos. Ele diz: "Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá". Isso é impressionante! Por que se referir a três incidentes históricos diferentes como estes, que aconteceram milhares de anos atrás - Gênesis 19 (Sodoma), Gênesis 3 (Caim), Números 22-24 (Balaão), Números 16 (Corá)? Qual é o ponto?

Aqui estão três pontos:

1) Judas assume que os leitores conhecem estas histórias! Isto não é incrível? Era o século primeiro depois de Cristo! Não havia nenhum livro nas casas das pessoas! Nenhuma Bíblia disponível! Nenhuma história em CD! &Apenas instrução oral! E ele assume que eles conheceriam tais histórias: Qual é "o caminho de Caim," "o erro de Balaão" e "a rebelião de Corá?" Você sabe? Isto não é surpreendente? Ele espera que eles conheçam! Isso me faz pensar que os nossos padrões de conhecimento da Bíblia na igreja de hoje são muito baixos.

2) Judas assume que conhecer a história iluminará a situação presente. Os cristãos tratarão com o erro mais eficazmente hoje se eles conhecerem situações similares de antigamente. Em outras palavras, a história é valiosa para o viver cristão. Saber que Caim era invejoso e que além de odiar seu irmão, também se ofendeu com sua comunhão verdadeira com Deus, te alertará para vigiar contra tais coisas mesmo entre irmãos. Saber que Balaão caiu e fez da Palavra de Deus um meio de ganho mundano, te tornará mais capaz de identificar este tipo de coisa. Saber que Corá desprezou a autoridade legítima e ressentiu-se com a liderança de Moisés, te protegerá de gente facciosa que não gosta de ninguém sendo visto como seu líder.

3) Não é claro, então, que Deus ordenou que estes eventos acontecessem e que fossem registrados como história, para que aprendêssemos a partir deles e nos tornássemos mais sábios e perspicazes sobre o presente, por causa de Cristo e de sua igreja? Nunca pare de aprender a partir da história! Adquira algum conhecimento todo dia. Demos aos nossos filhos uma das melhores proteções contra a tolice do futuro, a saber, um conhecimento do passado.

Aprendendo com você, por Cristo e o seu reino,

Pastor John

Fonte: Desiring God

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

Submissão Graciosa - Luma Simms


 

Luma Simms é esposa e mãe de cinco filhos. Ela é bacharel em física pela Universidade Politécnica Estadual da Califórnia e investiu três semestres e meio na Faculdade de Direito na Universidade Chapman, onde foi assistente de pesquisa do Professor John Eastman, trabalhando em casos de significância constitucional para o Instituto Claremont de Jurisprudência Constitucional. Ela também trabalhou para o Juiz James Gray, no Tribunal Superior de Orange County. Ela deixou a Universidade de Chapman para se tornar mãe, dona-de-casa e tem feito isso já há nove anos. Luma é autora do futuro livro Gospel Amnesia ['Amnésia Gospel'] e escreve regularmente no blog Gospel Grace.
 
É fácil dizer a uma mulher que ela se submeta, ou dizer a um marido que ele ame sua mulher como Cristo ama a igreja, mas na prática isso pode ser angustiante. É fácil atirar versículos bíblicos por aí como a pedra do estilingue de Davi, esperando derrubar aquele gigante Golias chamado "O Meu Jeito".
Em um casamento, deve existir tanta submissão e tanto amor! No entanto, quem quer servir, quem quer se sacrificar, quem quer entregar sua vida pelo outro? Quem quer se humilhar para o bem de outro ser humano?

A resposta: Jesus Cristo.

Lembro a primeira vez que me apresentaram a submissão como algo que eu devia praticar a fim de ser obediente e piedosa. Eu lutei com isso, pois não me ensinaram através do evangelho. Tudo o que eu via era uma sujeição. Eu tinha todos os tipos de argumentos para rebater esse assunto; simplesmente ninguém conseguia conversar comigo sobre submissão.

Como conversar sobre submissão com uma pessoa que não entende direito a Trindade e tem uma ideia confusa sobre quem Deus é?

Quem Deus é
Não podemos compreender totalmente a beleza da liderança e da submissão até que tenhamos um entendimento sóbrio de quem Deus é: o verdadeiro Deus, o Deus Triuno... Pai, Filho e Espírito Santo.

Não é sábio iniciar por aquilo que é exigido do homem. Devemos começar por quem Deus é, em seguida o que Ele fez e, então, podemos falar com coerência sobre o que é exigido de nós. São nesses pontos que descobrimos quão importante é que todos nós entendamos a doutrina da trindade.

Não foi um livro sobre "como ser uma esposa melhor" que me levou a praticar uma fiel submissão ao meu marido. Foi o entendimento sobre a pessoa de Cristo e sua obra na cruz. Foi o evangelho moldando cada parte do meu ser.

Romanos 8:29 diz, "Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho". Se devo ser conforme à imagem de Cristo, eu preciso saber quais são suas características para que, ao permanecer nele e andar no Espírito, eu possa ser o mais próximo da imagem de Cristo nesta vida. Conforme eu me relaciono com outras pessoas, eu preciso saber como Cristo se relaciona dentro da trindade e com os homens.

Uma das coisas que Cristo diz sobre ele mesmo é, "Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração" (Mateus 11:29). Paulo escreve em Filipenses 2:5–8:

"Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!".

Quem é Cristo? Ele é o Deus Filho.

Como ele é? Manso, humilde de coração, igual a Deus, em forma humana.

O que ele fez? Não se apegou à sua igualdade, antes, humilhou-se para ser obediente até à morte de cruz.

A quem ele obedeceu? Deus Pai, a quem ele era e é igual.

Na Prática
Como isso pode me instruir na busca por viver uma vida como a de Cristo?

Kathy Keller diz em The Meaning of Marriage ['O Sentido do Casamento']: "Tanto a mulher como o homem têm no casamento a oportunidade de 'desempenhar o papel de Jesus'— Jesus em sua autoridade sacrificial, Jesus em sua submissão sacrificial".

Como esposa, vejo nas palavras do apóstolo Paulo o meu papel em relação a Cristo: "Quero, porém, que entendam que o cabeça de todo homem é Cristo, e o cabeça da mulher é o homem, e o cabeça de Cristo é Deus". (1 Coríntios 11:3).

Como mulher, eu já tenho um dos papéis de Jesus — o dom sacrificial da submissão ao meu marido. Será que devo "me apegar" ao "papel de Jesus" que é dele? Será que devo tentar trocar o meu papel pelo dele? Com qual finalidade? Se Jesus, sendo igual a Deus, não se apegou à sua igualdade, antes, se submeteu ao plano e vontade do Pai, será que eu, sendo igual ao meu marido, devo "apegar-me" à minha igualdade? Como é possível que assim eu seja transformada à imagem de Cristo?

Para entender o nosso papel, primeiro temos que entender a Trindade. Somente assim, tudo isso fará sentido. Somente assim, veremos que esses papéis não são culturais ou construídos pela sociedade, mas são partes intrínsecas e inerentes à realidade objetiva.


Fonte: Desiring God

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

Amor Incondicional



Você sabe o que é o amor incondicional? Sabe mesmo? Já foi amado(a) por alguém assim?
Neste vídeo, Wilson porte apresenta algumas músicas de Stênio Marcius, Jorge Camargo e Sovereign Grace Music, e nos leva a refletir no conteúdo de suas mensagens: o amor incondicional. Há alguém que deseja amá-lo assim!

   

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cristãos Assassinados



Você sabia que, ainda hoje, há milhares de cristãos sendo assassinados por causa de seu amor por Jesus Cristo?
O primeiro a ser assassinado por causa de seu amor por Jesus Cristo foi Estevão, no centro da cidade de Jerusalém, dois milênios atrás. De lá para cá, milhões têm sido presos, torturados e assassinados por causa de sua fé.
Assista a este vídeo e conheça um pouco da história dessas pessoas e o que as leva a não negarem sua fé e amor por Jesus, mesmo diante da própria morte.


Por Wilson Porte wilsonporte.blogspot.com | vimeo.com/conexao

Quem precisa de Apologética?


William Lane Craig palestra sobre “Quem precisa de Apologética?”, apontando 3 objetivos nos quais a apologética se mostra útil: (1) Moldar a cultura, (2) Fortalecer os crentes e (3) Evangelizar descrentes. Leia o resumo e opine:
  • Você sente a necessidade da apologética em seu dia a dia?
  • Você acredita que o ensino da apologética ajudaria nestes pontos citados?

William Lane Craig – Quem precisa de Apologética? (resumo)

Apologética cristã é um ramo da teologia cristã que busca dar um aval racional para as alegações do cristianismo. E, embora não indispensável, a ela pode ser de grande utilidade e benéfica..

Três fins nos quais a apologética se mostra útil

Qual a utilidade da apologética? O valor da apologética vai muito além do evangelismo diário das pessoas. Quero apontar três fins aos quais a apologética se mostrará útil.

Moldar a cultura
A apologética é útil e ouso dizer até indispensável para que o evangelho seja eficazmente ouvido. Em geral vivemos em uma cultura ocidental pós-cristã cujo ambiente secularizado torna difícil sequer falar do Evangelho. A cultura secular acredita que acreditar em Deus está em pé de igualdade com acreditar em duendes, tendo uma falsa ideia de que aquele que segue a razão invariavelmente se tornará ateu ou agnóstico. E considerações culturais são importantes porque o Evangelho nunca é ouvido isoladamente; mas é sempre ouvido em relação ao contexto cultural em que a pessoa vive. Então, em uma cultura onde o cristianismo é no mínimo uma opção viável, há maior facilidade de testemunhar do Evangelho. É nisso que a apologética pode ser útil.

Fortalecer os crentes
As emoções nos levam até certo ponto na vida cristã, mas depois disto precisamos de algo mais substancial; e a apologética ajuda a ter parte deste algo mais substancial. Inclusive apologética pode ajudar (apesar de não poder impedir totalmente) pessoas de se desviarem. Contando uma experiência pessoal, um homem chegou para mim e me agradeceu porque um debate meu que ele viu foi o meio através do qual Deus impediu que ele se desviasse.
Precisamos nos alertar para necessidade da apologética em nossas famílias. Nossos jovens são atacados intensamente com a cosmovisão naturalista e relativista e se seus pais não estiverem intelectualmente engajados e tiverem bons argumentos em prol do teísmo cristão, estaremos no perigo iminente de perder nossa juventude. Não é suficiente ler histórias da Bíblia para nossos filhos. Eles precisam de doutrina e apologética.

Evangelizar descrentes
Apologética é um grande incentivo para o evangelismo, pois nada inspira mais confiança do que saber que temos boas razões para crer o que cremos e boas respostas para as perguntas dos descrentes. Os próprios apóstolos quando pregavam aos judeus apelavam à comprimento de profecias, aos milagres e à ressurreição de Jesus. Contudo, quando diante de um público gentílico, eles recorriam às obras da criação como evidência do Criador e, depois, às testemunhas oculares, afirmando que Deus se revelou através de Cristo e o ressuscitou.
Estes são três motivos que apresento porque apologética é benéfica e portanto, deveria fazer parte de nossas igrejas, de nossas famílias e de nossas vidas.

domingo, 11 de novembro de 2012

Como lidar com dúvidas sobre o Cristianismo?

Você já teve alguma dúvida sobre o Cristianismo? Perguntas difíceis em relação à Bíblia? William Lane Craig nos dá algumas instruções de como lidar com as dúvidas.


Por William Lane Craig. © Reasonable Faith. All rights reserved worldwide. Website: reasonablefaith.org 
Traduçãodeusemdebate.com

Escravidão


Neste vídeo, o irmão Wilson Porte apresenta um breve panorama da história da escravidão no Brasil, além de tratar da escravidão de nossas almas a vícios, hábitos e pecados do dia-a-dia.

O Poder Sedutor e Destruidor da Ganância


Neste vídeo, o irmão Wilson Porte nos leva a estudar o capítulo 8 de Atos dos Apóstolos, especialmente a história de Simão, o mágico, que desejou comprar as bênçãos de Deus entregando “ofertas” aos apóstolos Pedro e João. Dessa história, podemos aprender muito sobre o poder sedutor e destruidor da ganância.



Aborto: O Que A Bíblia Diz Sobre Isso?


Neste programa, o irmão Wilson Porte Jr. apresenta a posição bíblica sobre o aborto, um pecado institucionalizado no Brasil, nos EUA e em diversos outros países no mundo. O aborto é um assassinato, um crime suavemente aceito pela sociedade pós-moderna. Assista e compartilhe com outros. Que Deus continue abençoando sua vida com verdade e justiça.


Salmos 139.13-16
Isaías 55.7




Por Wilson Porte wilsonporte.blogspot.com

Reforma e Avivamento (A Mensagem de Esdras)

A história de Israel é incrível. O amor de Deus pelo povo da aliança é algo que não encontra paralelo na imaginação ou literatura mundial. Um Deus que escolheu um homem, Abraão, e fez dele uma grande nação. É sempre oportuno lembrar que Abraão não podia ter filhos com sua esposa Sara. Para que o “filho da promessa” nascesse, era necessário um milagre do Senhor. E o milagre se chamou Isaque. Dele descendeu Jacó, cujo nome foi mudado para Israel. E deste descenderam as doze tribos de Israel.
Apesar de tantos sinais dados por Deus de Seu amor, cuidado e livramento, o povo de Israel sempre desconfiou de seu Deus. Nesta desconfiança, correu atrás de outros deuses que lhes pudessem conceder filhos, colheitas e vitórias militares.
Por causa disso, criaram uma separação entre eles e seu Deus (como profetizou Isaías), o que fez com o que reino do norte acabasse sendo levado pelos assírios e o reino do sul levado pelos babilônicos. Eles sofreram longe de sua terra e longe da paz que desfrutavam debaixo da proteção de Deus. Agora, estavam entregues às consequências de seus pecados.
Contudo, Deus não deixaria de ser fiel ao povo de Sua aliança. Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo (2Tm 2:13). E, como profetizado por Jeremias (Jr 29.10), depois de 70 anos, Deus os trouxe de volta à sua terra e à sua vida!
O livro de Esdras nos conta deste período da história de Israel, o momento do retorno àquilo que os judeus consideravam sua vida. A história narrada neste pequeno livro é uma das mais queridas pelo povo de Israel. O livro assim se divide:
  • Soberanamente, Deus conduz o Império Persa em sua vitória sobre o Império Babilônico;
  • Soberanamente, Deus move o coração dos reis e governadores de todo o Império Persa a fim de que estes concedessem aos judeus todas as condições de retornarem à sua terra e reconstruírem sua vida social e religiosa;
  • Esdras nomeia as famílias dos que primeiro voltaram da Babilônia;
  • Em sua chegada, eles começam a reedificar os lugares sagrados, onde podiam se encontrar com Deus e ter comunhão com Ele;
  • A partir do capítulo sete, Esdras fala de um segundo grupo que voltou da Babilônia. Ele estava neste segundo grupo;
  • Um tempo após chegarem, descobriu que o povo mantinha-se com os mesmos pecados que fizeram com que a nação sofresse por setenta anos no cativeiro. Esdras se desespera e ora a Deus por misericórdia;
  • O livro termina com o povo se arrependendo de seu pecado e se comprometendo em corrigir os erros passados.
Pois bem, quais foram estes pecados? No capítulo 9, Esdras nos conta que os príncipes vieram a ele e lhe contaram que muitos em Israel haviam se casado com mulheres que não temiam a Deus. Muitas mulheres haviam se casado com homens sem nenhum temor ou compromisso com Deus. E a união entre alguém que teme a Deus e alguém que não teme sempre foi condenada pelas Escrituras.
Por causa deste pecado, Esdras chora em alta voz, fazendo com que muitos homens e crianças se reunissem ao seu redor. Foi Secanias que rompeu o choro do escriba Esdras. E suas palavras foram um desafio para o povo: nos arrependamos e despeçamos nossas esposas e maridos com todos os seus pecados, vícios e idolatrias.
Se isso lhe parece pesado, talvez seja por que você não entendeu ainda o quanto o pecado, seja ele qual for, é pesado aos olhos de Deus. Deixar seus cônjuges aqui não significou um simples divórcio coletivo, mas um reconhecimento de que eles nunca deveriam ter desobedecido às Palavras do Senhor. De que eles estavam dispostos a fazer qualquer coisa para repararem este terrível mal. Veja que, em nenhum lugar da Bíblia somos incentivados ao divórcio. Deus odeia o divórcio, como Ele odeia o namoro/noivado/casamento entre seus filhos e pessoas que não o temem, amam e servem.
Isso não é para quem é forte o suficiente para fazê-lo. Isso é para quem O ama mais do que tudo neste planeta. Só pessoas arrependidas são capazes de abandonar seu pecado, não importando as consequências que isso traga.
Assim como aquele povo fez, Deus espera que eu você façamos também. Se você é filho de Deus, o pecado não deve ser abraçado e mantido dentro de você. Você deve lança-lo para longe de seus olhos e coração. Lute contra o pecado. Vença-o, ou ele vencerá você. O pecado jaz à porta, … mas sobre ele tu deves dominar (Gn 4.7). Sobre ele (pecado), tu deves dominar!
Fuja do pecado, busque a santidade. Se você não fizer isso, você nunca verá o Senhor! Segui a paz com todos, e a santificaçãosem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Santificação traz paz, traz alegria, traz descanso para a alma. Não deixe de lutar para manter o pecado longe de sua vida.
A história de Israel é um lembrete deste perigo. E o livro de Esdras, um consolo para aqueles que lutam contra o pecado. O livro de Esdras nos lembra que sempre será tempo de buscarmos reforma e avivamento no povo de Deus. O livro de Esdras nos conforta e consola com o fato de que Deus nunca deixará de cuidar daqueles que são dEle, não importando a distância que este povo tenha percorrido fugindo de Seu Deus.

Por Wilson Porte

sábado, 12 de maio de 2012

A Dona de Casa

de Autora Desconhecida

 

Um homem chegou em casa, após o trabalho, e encontrou os seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestidos de pijamas.
Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa.
A porta do carro da sua esposa estava aberta.
A porta da frente da casa também.
O cachorro estava sumido, não veio recebê-lo.
Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunça.
A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede.
Na sala de estar, a televisão ligada aos berros num desenho animado qualquer, e o chão estava entulhado de brinquedos e roupas espalhadas.
Na cozinha, a pia transbordava de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão.
Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta.
Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando dos brinquedos espalhados e de peças de roupa suja.
“Será que a minha mulher passou mal?”, pensou. “Será que alguma coisa grave aconteceu?”
Daí viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro.
Lá encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia.
A pasta de dentes tinha sido usada e deixada aberta e a banheira transbordava água e espuma.
Finalmente, ao entrar no quarto do casal, ele encontrou a mulher ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista.
Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou: “Que diabos aconteceu aqui em casa? Por quê toda esta bagunça?”
Ela sorriu e respondeu: “Todos os dias, quando você chega do trabalho, me pergunta: ‘Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro de casa’?" 
“Bem...Hoje eu não fiz nada, FOFO!!!! Sentiu a diferença???” 

Quando você pensava que eu não estava olhando

de Mary Rita Schilke Korzan

 

Quando você pensava que eu não estava olhando, você pendurou meu primeiro desenho na geladeira, e eu quis pintar outro.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você deu comida a um gato perdido, e eu pensei que era bom cuidar de animais.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você fez um bolo de aniversário só para mim, e eu entendi que coisas pequenas eram especiais.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você orou, e eu acreditei que havia um Deus com quem eu sempre podia falar.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você me deu um beijo de boa noite, e eu me senti amado.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi lágrimas descendo dos seus olhos, e eu aprendi que às vezes coisas doem – mas que não faz mal chorar.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você sorriu, e me fez querer ficar bonita(o) daquele jeito também.
Quando você pensava que eu não estava olhando, você se importou, e eu quis ser tudo que podia.
Quando você pensava que eu não estava olhando – eu olhava … e queria lhe agradecer por todas aquelas coisas que você fez quando você pensava que eu não estava olhando.
Aqueles de nós que somos pais somos sempre cientes daqueles olhos e ouvidos observando e escutando tudo que fazemos e falamos.
Que Deus possa nos ajudar a viver de tal forma que cheguem mais perto de Deus pelo nosso exemplo, da forma como Jesus nos exortou a viver:

“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” - Mateus 5:14-16 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Homenagem ao Trabalhador Informal

de Dennis Downing


Tenho o privilégio de servir ao Senhor num ministério que me coloca em convívio com vários trabalhadores informais. Seu Acácio, Diógenes, José Adilson (o "Bazar") e vários outros tentam ganhar o pão de cada dia para suas famílias vendendo pipoca e coxinhas, refrigerantes e água nas ruas ao redor de uma praça na cidade onde eu moro.Eles não tem vale transporte, nem ticket refeição. Não gozam de plano de saúde, nem décimo terceiro, e muito menos de férias remuneradas. Eles levantam cedo e puxam sua carroça, bicicleta de carga ou carrinho para a esquina ou parada de ônibus onde passam o dia no sol e na chuva, sem saberem se naquele dia voltarão para casa com vinte reais ou vinte centavos.Naquela mesma praça tem uma família inteira de guardadores de carros (os famosos “flanelinhas”), que cuidam dos carros dos clientes do banco, do laboratório e dos fiíes da igreja na esquina. Cada dia da semana pertence a um membro diferente da família, e cada um deles passa seu dia na rua lavando e cuidando dos veículos ali estacionados.Eu sei que tem pessoas desonestas e maldosas na informalidade, como em qualquer área. Talvez as pessoas que trabalham neste ramo são mais visadas porque, se roubarem ou venderem “gato por lebre”, sabe-se logo. É diferente daqueles lá em cima que conseguem furtar milhões escondido, sem ser flagrados ou punidos. Mas, os homens e mulheres que trabalham na informalidade que eu conheço são alguns dos trabalhadores que eu mais admiro.O fiteiro e o feirante, a senhora que vende café da carrocinha, e o aposentado que vende cachorro quente do carrinho, a maioria vive à margem da sociedade. Entretanto, são alguns dos seus membros mais admiráveis. Não tem patrão em cima pressionando, nem cobrança se não aparecer no posto. Por outro lado, se passarem quinze dias no hospital, vai ser num hospital público, e, quando sairem, vão ter um buraco de quinze dias na renda do mês para cobrir. É só a força de vontade deles mesmo que os faz levantar e voltar à esquina ou à parada cada dia para tentar ganhar o suficiente para mais um dia de vida.O que eu queria registrar nesta reflexão é justamente minha admiração por todos aqueles que trabalham sem proteções trabalhistas, sem a ajuda de um sindicato ou categoria profissional, e que mesmo assim, são honestos, trabalhadores e bons cidadãos. Já observei esses amigos meus dando de graça um lanche a um morador de rua, uma oportunidade para trabalhar a um ex-viciado, orientando um estranho perdido e sendo educados até com pessoas que os trataram com desconfiança ou desdém. São pequenas demonstrações de integridade e cidadania que são mais admiráveis por serem feitas com a naturalidade de quem faz, não para serem vistos, mas porque possuem verdadeiro caráter.Se tiver a oportunidade nesses dias, compre algo de um feirante, de um vendedor ambulante, daquela senhora na barraca ou daquele fiteiro. Aproveite a oportunidade para lembrá-los de que eles também são trabalhadores, e tão merecedores quanto qualquer outro do seu reconhecimento no “Dia do Trabalhador”. Melhor ainda, qualquer dia desses, quando comprar algo de um deles, agradeça-lhe por perseverar e por fazer tudo que pode com o pouco que possui; por ser um bom trabalhador, mesmo que ninguém reconheça o quanto trabalha. Será que alguém uma vez fez isso com aquele carpinteiro de Nazaré?Para Seu Acácio, Diógenes, Bazar, e todos os seus colegas na rua e nas paradas, parabéns. E, Feliz dia do Trabalhador! Você merece, e que Deus lhe abençoe!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Seu Trabalho e Deus

de Max Lucado


O calendário do Céu tem sete domingos por semana. Deus santifica cada dia. Ele realiza seu santo trabalho em todas as horas e em todos os lugares. Ele torna o comum em algo incomum, virando pias em santuários, restaurantes em conventos, e dias de trabalho em aventuras.
Dias de trabalho? Sim, dias de trabalho. Ele ordenou seu trabalho como algo bom. Antes que Deus deu a Adão uma esposa ou filho, até antes que ele o vestiu, Deus deu a Adão um trabalho. “O SENHOR Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo.” Gênesis 2:15 (NVI). Inocência, não indolência caracterizou a primeira família.
Deus vê o trabalho como merecedor do seu próprio mandamento: “Trabalhe seis dias, mas descanse no sétimo...” Êxodo 34:21 (NVI). Nós gostamos da segunda metade daquele versículo. Mas, ênfase no dia de descanso pode nos levar a perder de vista o mandamento de trabalhar: “Trabalhe seis dias”. Queira você trabalhar em casa ou no mercado, seu trabalho é importante para Deus.
E seu trabalho é importante para a sociedade. Precisamos de você! Cidades precisam de encanadores. Nações precisam de soldados. Semáforos param de funcionar. Ossos quebram. Necessitamos de pessoas para concertar o primeiro e reparar o segundo. Alguém precisa criar filhos e cuidar dos filhos que são mal criados.
Seja como for que você começa o dia, quando você trabalha você imita a Deus. O próprio Senhor trabalhou nos primeiros seis dias da criação. Jesus disse “Meu Pai continua trabalhando até hoje, e eu também estou trabalhando”. (João 5:17 NVI). Sua carreira consome metade da sua vida. Ela não devia refletir Deus? Aquelas quarenta a sessenta horas por semana não pertencem a ele também?




A Bíblia nunca promove a compulsão pelo trabalho ou o emprego obcecado como alívio para dor. Mas, Deus chama todos que estão em condições físicas a cultivarem os jardins que ele deu. Deus honra o trabalho. Então honre a Deus em seu trabalho. “Para o homem não existe nada melhor do que comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho.” (Eclesiastes 2:24 NVI)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Indo Além com Deus

de Henry Blackaby




[*** A data da Páscoa passou, mas, os efeitos da obra de Cristo, realizada na Cruz, graças à Deus vão ecoando ao longo dos séculos. Vamos continuar refletindo mais um pouco sobre a Páscoa e sua importância nas próximas três reflexões de Henry Blackaby. No exemplo de Jesus encontraremos direção e esperança em momentos difíceis de nossas vidas também. Se as reflexões lhe forem edificantes, por favor, compartilhem com amigos e colegas, sempre incluíndo os links para o site e as referências à autoria. Deus lhe abençoe e feliz Pós-Páscoa.]

E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora. – Marcos 14:35 
Alguns cristãos ficam satisfeitos em ter apenas um relacionamento superficial com Cristo. Outros desejam passar os momentos mais santos com Ele.
Na noite em que Jesus passou orando no jardim do Getsêmani, pessoas reagiram a Ele de manerias diferentes. Havia aqueles que estavam tão alheios a Jesus que nem sequer sabiam que Ele estava no jardim. Também tinha Judas, que sabia onde Jesus estava, mas que estava ocupado demais com seus próprios planos e não se uniu a Ele.
O resto dos discípulos juntou-se a Jesus no jardim, mas eles foram distraídos pelo sono. Jesus falou a eles sobre a urgência daquela hora, mas eles não compreenderam. Havia o círculo mais íntimo de discípulos, Pedro, Tiago e João. No início eles oraram com Jesus. Mas eles ainda não alcançaram o significado daquele momento.
Por fim, Jesus orou sozinho. Ele foi além dos seus discípulos e orou por mais tempo. No momento de maior intercessão na história da humanidade, não havia ninguém disposto a ficar com Jesus e vigiar com Ele.
Ao longo da história Deus tem procurado por aqueles que desejam deixar tudo de lado e submeter-se a Ele e ao Seu desejo de redimir o mundo. Algumas vezes Deus ficou impressionado por não haver ninguém disposto a acompanhá-lo (Is 63:5; 59:16). Os profetas pareciam discernir mais do que as pessoas comuns, pois enquanto a sociedade continuava sua vida como se não houvesse nada de errado, os profetas agonizavam e choravam por causa daquilo que eles sabiam que Deus estava para fazer.
Deus está lhe chamando para ir mais fundo na sua vida de oração com Ele. Se você tem interesse em ser o tipo de pessoa que Jesus pode levar com Ele nos momentos mais sagrados, você terá experiências que só os anjos tiveram com Jesus no jardim naquela noite. 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A Crucificação de Cristo, a Partir de um Ponto de Vista Médico
























de C. Truman Davis

 

Lendo o livro de Jim Bishop “O Dia Que Cristo Morreu”, eu percebi que durante vários anos eu tinha tornado a crucificação de Jesus mais ou menos sem valor, que havia crescido calos em meu coração sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma tão familiar - e pela amizade distante que eu tinha com nosso Senhor. Eu finalmente havia percebido que, mesmo como médico, eu não entendia a verdadeira causa da morte de Jesus. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito com este ponto, porque a crucificação era tão comum naquele tempo que, aparentemente, acharam que uma descrição detalhada seria desnecessária. Por isso só temos as palavras concisas dos evangelistas “Então, Pilatos, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.”
Eu não tenho nenhuma competência para discutir o infinito sofrimento psíquico e espiritual do Deus Encarnado que paga pelos pecados do homem caído. Mas parecia a mim que como um médico eu poderia procurar de forma mais detalhada os aspectos fisiológicos e anatômicos da paixão de nosso Senhor. O que foi que o corpo de Jesus de Nazaré de fato suportou durante essas horas de tortura? 


Dados históricos
 
Isto me levou primeiro a um estudo da prática de crucificação, quer dizer, tortura e execução por fixação numa cruz. Eu estou endividado a muitos que estudaram este assunto no passado, e especialmente para um colega contemporâneo, Dr. Pierre Barbet, um cirurgião francês que fez uma pesquisa histórica e experimental exaustiva e escreveu extensivamente no assunto.
Aparentemente, a primeira prática conhecida de crucificação foi realizado pelos persas. Alexandre e seus generais trouxeram esta prática para o mundo mediterrâneo--para o Egito e para Cartago. Os romanos aparentemente aprenderam a prática dos cartagineses e (como quase tudo que os romanos fizeram) rapidamente desenvolveram nesta prática um grau muito alto de eficiência e habilidade. Vários autores romanos (Lívio, Cícero, Tácito) comentam a crucificação, e são descritas várias inovações, modificações, e variações na literatura antiga.
Por exemplo, a porção vertical da cruz (ou “stipes”) poderia ter o braço que cruzava (ou “patibulum”) fixado cerca de um metro debaixo de seu topo como nós geralmente pensamos na cruz latina. A forma mais comum usada no dia de nosso Senhor, porém, era a cruz “Tau”, formado como nossa letra “T”. Nesta cruz o patibulum era fixado ao topo do stipes. Há evidência arqueológica que foi neste tipo de cruz que Jesus foi crucificado.
Sem qualquer prova histórica ou bíblica, pintores Medievais e da Renascença nos deram o retrato de Cristo levando a cruz inteira. Mas o poste vertical, ou stipes, geralmente era fixado permanentemente no chão no local de execução. O homem condenado foi forçado a levar o patibulum, pesando aproximadamente 50 quilos, da prisão para o lugar de execução.
Muitos dos pintores e a maioria dos escultores de crucificação, também mostram os cravos passados pelas palmas. Contos romanos históricos e trabalho experimental estabeleceram que os cravos foram colocados entre os ossos pequenos dos pulsos (radial e ulna) e não pelas palmas. Cravos colocados pelas palmas sairiam por entre os dedos se o corpo fosse forçado a se apoiar neles. O equívoco pode ter ocorrido por uma interpretação errada das palavras de Jesus para Tomé, “vê as minhas mãos”. Anatomistas, modernos e antigos, sempre consideraram o pulso como parte da mão.
Um titulus, ou pequena placa, declarando o crime da vítima normalmente era colocado num mastro, levado à frente da procissão da prisão, e depois pregado à cruz de forma que estendia sobre a cabeça. Este sinal com seu mastro pregado ao topo teria dado à cruz um pouco da forma característica da cruz latina. 


O suor como gotas de sangue
 
O sofrimento físico de Jesus começou no Getsêmani. Em Lucas diz: "E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra." (Lc 22:44) Todos os truques têm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente seguindo a impressão que isto não podia acontecer. No entanto, consegue-se muito consultando a literatura médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem documentado. Sujeito a um stress emocional, finos capilares nas glândulas sudoríparas podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo poderia causar fraqueza e choque. Atenção médica é necessária para prevenir hipotermia.
Após a prisão no meio da noite, Jesus foi levado ao Sinédrio e Caifás o sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro traumatismo físico. Jesus foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus olhos e zombaram dele, pedindo para que identificasse quem o estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.


A condenação
 
De manhã cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, é levado ao Pretório da Fortaleza Antônia, o centro de governo do Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos. Você deve já conhecer a tentativa de Pilatos de passar a responsabilidade para Herodes Antipas, tetrarca da Judéia. Aparentemente, Jesus não sofreu maus tratos nas mãos de Herodes e foi devolvido a Pilatos. Foi em resposta aos gritos da multidão que Pilatos ordenou que Bar-Abbas fosse solto e condenou Jesus ao açoite e à crucificação.
Há muita diferença de opinião entre autoridades sobre o fato incomum de Jesus ser açoitado como um prelúdio à crucificação. A maioria dos escritores romanos deste período não associam os dois. Muitos peritos acreditam que Pilatos originalmente mandou que Jesus fosse açoitado como o castigo completo dele. A pena de morte através de crucificação só viria em resposta à acusação da multidão de que o Procurador não estava defendendo César corretamente contra este pretendente que supostamente reivindicou ser o Rei dos judeus. 
Os preparativos para as chicotadas foram realizados quando o prisioneiro era despido de suas roupas, e suas mãos amarradas a um poste, acima de sua cabeça. É duvidoso se os Romanos teriam seguido as leis judaicas quanto às chicotadas. Os judeus tinham uma lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chicotadas. 


O açoite
 
O soldado romano dá um passo a frente com o flagrum (açoite) em sua mão. Este é um chicote com várias tiras pesadas de couro com duas pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira. O pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de Jesus. Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Então, conforme as chicotadas continuam, elas cortam os tecidos debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando marcas de sangue, e finalmente, hemorragia arterial de vasos da musculatura.
As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqüentes chicotadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensangüentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está a beira da morte, então o espancamento é encerrado.
Então, Jesus, quase desmaiando é desamarrado, e lhe é permitido cair no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue. Os soldados romanos vêm uma grande piada neste Judeu, que se dizia ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os seus ombros e colocam um pau em suas mãos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexível, coberto de longos espinhos é enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabeça. Novamente, há uma intensa hemorragia (o couro do crânio é uma das regiões mais irrigadas do nosso corpo).
Após zombarem dele, e baterem em sua face, tiram o pau de suas mãos e batem em sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em sua cabeça. Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de suas costas. O manto, por sua vez, já havia aderido ao sangue e grudado nas feridas. Como em uma descuidada remoção de uma atadura cirúrgica, sua retirada causa dor toturante. As feridas começam a sangrar como se ele estivesse apanhando outra vez.


A cruz
 
Em respeito ao costume dos judeus, os romanos devolvem a roupa de Jesus. A pesada barra horizontal da cruz á amarrada sobre seus ombros, e a procissão do Cristo condenado, dois ladrões e o destacamento dos soldados romanos para a execução, encabeçado por um centurião, começa a vagarosa jornada até o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é demais para ele. Ele tropeça e cai. As lascas da madeira áspera rasgam a pele dilacerada e os músculos de seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já chegaram ao seu limite.
O centurião, ansioso para realizar a crucificação, escolhe um observador norte-africano, Simão, um Cirineu, para carregar a cruz. Jesus segue ainda sangrando, com o suor frio de choque. A jornada de mais de 800 metros da fortaleza Antônia até Gólgota é então completada. O prisioneiro é despido - exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus. 


A crucificação
 
A crucificação começa: Jesus é oferecido vinho com mirra, um leve analgésico. Jesus se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e Jesus é rapidamente jogado de costas, com seus ombros contra a madeira. O legionário procura a depressão entre os osso de seu pulso. Ele bate um pesado cravo de ferro quadrado que traspassa o pulso de Jesus, entrando na madeira. Rapidamente ele se move para o outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não esticar os ombros demais, para possibilitar alguma flexão e movimento. A barra da cruz é então levantada e colocado em cima do poste, e sobre o topo é pregada a inscrição onde se lê: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus".
O pé esquerdo agora é empurrado para trás contra o pé direito, e com ambos os pés estendidos, dedos dos pés para baixo, um cravo é batido atraves deles, deixando os joelhos dobrados moderadamente. A vítima agora é crucificada. Enquanto ele cai para baixo aos poucos, com mais peso nos cravos nos pulsos a dor insuportável corre pelos dedos e para cima dos braços para explodir no cérebro – os cravos nos pulsos estão pondo pressão nos nervos medianos. Quando ele se empurra para cima para evitar este tormento de alongamento, ele coloca seu peso inteiro no cravo que passa pelos pés. Novamente há a agonia queimando do cravo que rasga pelos nervos entre os ossos dos pés.
Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grandes ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus consegui falar as sete frases registradas:
Jesus olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre suas vestes disse: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. " (Lucas 23:34)
Ao ladrão arrependido, Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." (Lucas 23:43)
Olhando para baixo para Maria, sua mãe, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho.” E ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “Eis aí tua mãe.” (João 19:26-27)
O próximo clamor veio do início do Salmo 22, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Ele passa horas de dor sem limite, ciclos de contorção, câimbras nas juntas, asfixia intermitente e parcial, intensa dor por causa das lascas enfiadas nos tecidos de suas costas dilaceradas, conforme ele se levanta contra o poste da cruz. Então outra dor agonizante começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.
Lembramos o Salmo 22 versículo 14 “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.”
Agora está quase acabado - a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico - o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos - os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam seus estímulos para o cérebro.
Jesus clama “Tenho sede!” (João 19:28)
Lembramos outro versículo do profético Salmo 22 “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte.”
Uma esponja molhada em “posca”, o vinho azedo que era a bebida dos soldados romanos, é levantada aos seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido. O corpo de Jesus chega ao extremo, e ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre seu corpo. Este acontecimento traz as suas próximas palavras - provavelmente, um pouco mais que um torturado suspiro “Está consumado!”. (João 19:30)
Sua missão de sacrifício está concluída. Finalmente, ele pode permitir o seu corpo morrer.
Com um último esforço, ele mais uma vez pressiona o seu peso sobre os pés contra o cravo, estica as suas pernas, respira fundo e grita seu último clamor: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lucas 23:46).
O resto você sabe. Para não profanar a Páscoa, os judeus pediam para que o réus fossem despachados e removidos das cruzes. O método comum de terminar uma crucificação era por crucificatura, quebrando os ossos das pernas. Isto impedia que a vítima se levantasse, e assim eles não podiam aliviar a tensão dos músculos do peito e logo sufocaram. As pernas dos dois ladrões foram quebradas, mas, quando os soldados chegaram a Jesus viram que não era necessário. 


Conclusão
 
Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço das costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: "E imediatamente verteu sangue e água." Isto era saída de fluido do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração. Nós, portanto, concluímos que nosso Senhor morreu, não de asfixia, mas de um enfarte de coração, causado por choque e constrição do coração por fluidos no pericárdio.
Assim nós tivemos nosso olhar rápido – inclusive a evidência médica – daquele epítome de maldade que o homem exibiu para com o Homem e para com Deus. Foi uma visão terrível, e mais que suficiente para nos deixar desesperados e deprimidos. Como podemos ser gratos que nós temos o grande capítulo subseqüente da clemência infinita de Deus para com o homem – o milagre da expiação e a expectativa da manhã triunfante da Páscoa.
 

 

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