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terça-feira, 24 de abril de 2012

Seu Trabalho e Deus

de Max Lucado


O calendário do Céu tem sete domingos por semana. Deus santifica cada dia. Ele realiza seu santo trabalho em todas as horas e em todos os lugares. Ele torna o comum em algo incomum, virando pias em santuários, restaurantes em conventos, e dias de trabalho em aventuras.
Dias de trabalho? Sim, dias de trabalho. Ele ordenou seu trabalho como algo bom. Antes que Deus deu a Adão uma esposa ou filho, até antes que ele o vestiu, Deus deu a Adão um trabalho. “O SENHOR Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo.” Gênesis 2:15 (NVI). Inocência, não indolência caracterizou a primeira família.
Deus vê o trabalho como merecedor do seu próprio mandamento: “Trabalhe seis dias, mas descanse no sétimo...” Êxodo 34:21 (NVI). Nós gostamos da segunda metade daquele versículo. Mas, ênfase no dia de descanso pode nos levar a perder de vista o mandamento de trabalhar: “Trabalhe seis dias”. Queira você trabalhar em casa ou no mercado, seu trabalho é importante para Deus.
E seu trabalho é importante para a sociedade. Precisamos de você! Cidades precisam de encanadores. Nações precisam de soldados. Semáforos param de funcionar. Ossos quebram. Necessitamos de pessoas para concertar o primeiro e reparar o segundo. Alguém precisa criar filhos e cuidar dos filhos que são mal criados.
Seja como for que você começa o dia, quando você trabalha você imita a Deus. O próprio Senhor trabalhou nos primeiros seis dias da criação. Jesus disse “Meu Pai continua trabalhando até hoje, e eu também estou trabalhando”. (João 5:17 NVI). Sua carreira consome metade da sua vida. Ela não devia refletir Deus? Aquelas quarenta a sessenta horas por semana não pertencem a ele também?




A Bíblia nunca promove a compulsão pelo trabalho ou o emprego obcecado como alívio para dor. Mas, Deus chama todos que estão em condições físicas a cultivarem os jardins que ele deu. Deus honra o trabalho. Então honre a Deus em seu trabalho. “Para o homem não existe nada melhor do que comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho.” (Eclesiastes 2:24 NVI)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Indo Além com Deus

de Henry Blackaby




[*** A data da Páscoa passou, mas, os efeitos da obra de Cristo, realizada na Cruz, graças à Deus vão ecoando ao longo dos séculos. Vamos continuar refletindo mais um pouco sobre a Páscoa e sua importância nas próximas três reflexões de Henry Blackaby. No exemplo de Jesus encontraremos direção e esperança em momentos difíceis de nossas vidas também. Se as reflexões lhe forem edificantes, por favor, compartilhem com amigos e colegas, sempre incluíndo os links para o site e as referências à autoria. Deus lhe abençoe e feliz Pós-Páscoa.]

E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora. – Marcos 14:35 
Alguns cristãos ficam satisfeitos em ter apenas um relacionamento superficial com Cristo. Outros desejam passar os momentos mais santos com Ele.
Na noite em que Jesus passou orando no jardim do Getsêmani, pessoas reagiram a Ele de manerias diferentes. Havia aqueles que estavam tão alheios a Jesus que nem sequer sabiam que Ele estava no jardim. Também tinha Judas, que sabia onde Jesus estava, mas que estava ocupado demais com seus próprios planos e não se uniu a Ele.
O resto dos discípulos juntou-se a Jesus no jardim, mas eles foram distraídos pelo sono. Jesus falou a eles sobre a urgência daquela hora, mas eles não compreenderam. Havia o círculo mais íntimo de discípulos, Pedro, Tiago e João. No início eles oraram com Jesus. Mas eles ainda não alcançaram o significado daquele momento.
Por fim, Jesus orou sozinho. Ele foi além dos seus discípulos e orou por mais tempo. No momento de maior intercessão na história da humanidade, não havia ninguém disposto a ficar com Jesus e vigiar com Ele.
Ao longo da história Deus tem procurado por aqueles que desejam deixar tudo de lado e submeter-se a Ele e ao Seu desejo de redimir o mundo. Algumas vezes Deus ficou impressionado por não haver ninguém disposto a acompanhá-lo (Is 63:5; 59:16). Os profetas pareciam discernir mais do que as pessoas comuns, pois enquanto a sociedade continuava sua vida como se não houvesse nada de errado, os profetas agonizavam e choravam por causa daquilo que eles sabiam que Deus estava para fazer.
Deus está lhe chamando para ir mais fundo na sua vida de oração com Ele. Se você tem interesse em ser o tipo de pessoa que Jesus pode levar com Ele nos momentos mais sagrados, você terá experiências que só os anjos tiveram com Jesus no jardim naquela noite. 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A Crucificação de Cristo, a Partir de um Ponto de Vista Médico
























de C. Truman Davis

 

Lendo o livro de Jim Bishop “O Dia Que Cristo Morreu”, eu percebi que durante vários anos eu tinha tornado a crucificação de Jesus mais ou menos sem valor, que havia crescido calos em meu coração sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma tão familiar - e pela amizade distante que eu tinha com nosso Senhor. Eu finalmente havia percebido que, mesmo como médico, eu não entendia a verdadeira causa da morte de Jesus. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito com este ponto, porque a crucificação era tão comum naquele tempo que, aparentemente, acharam que uma descrição detalhada seria desnecessária. Por isso só temos as palavras concisas dos evangelistas “Então, Pilatos, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.”
Eu não tenho nenhuma competência para discutir o infinito sofrimento psíquico e espiritual do Deus Encarnado que paga pelos pecados do homem caído. Mas parecia a mim que como um médico eu poderia procurar de forma mais detalhada os aspectos fisiológicos e anatômicos da paixão de nosso Senhor. O que foi que o corpo de Jesus de Nazaré de fato suportou durante essas horas de tortura? 


Dados históricos
 
Isto me levou primeiro a um estudo da prática de crucificação, quer dizer, tortura e execução por fixação numa cruz. Eu estou endividado a muitos que estudaram este assunto no passado, e especialmente para um colega contemporâneo, Dr. Pierre Barbet, um cirurgião francês que fez uma pesquisa histórica e experimental exaustiva e escreveu extensivamente no assunto.
Aparentemente, a primeira prática conhecida de crucificação foi realizado pelos persas. Alexandre e seus generais trouxeram esta prática para o mundo mediterrâneo--para o Egito e para Cartago. Os romanos aparentemente aprenderam a prática dos cartagineses e (como quase tudo que os romanos fizeram) rapidamente desenvolveram nesta prática um grau muito alto de eficiência e habilidade. Vários autores romanos (Lívio, Cícero, Tácito) comentam a crucificação, e são descritas várias inovações, modificações, e variações na literatura antiga.
Por exemplo, a porção vertical da cruz (ou “stipes”) poderia ter o braço que cruzava (ou “patibulum”) fixado cerca de um metro debaixo de seu topo como nós geralmente pensamos na cruz latina. A forma mais comum usada no dia de nosso Senhor, porém, era a cruz “Tau”, formado como nossa letra “T”. Nesta cruz o patibulum era fixado ao topo do stipes. Há evidência arqueológica que foi neste tipo de cruz que Jesus foi crucificado.
Sem qualquer prova histórica ou bíblica, pintores Medievais e da Renascença nos deram o retrato de Cristo levando a cruz inteira. Mas o poste vertical, ou stipes, geralmente era fixado permanentemente no chão no local de execução. O homem condenado foi forçado a levar o patibulum, pesando aproximadamente 50 quilos, da prisão para o lugar de execução.
Muitos dos pintores e a maioria dos escultores de crucificação, também mostram os cravos passados pelas palmas. Contos romanos históricos e trabalho experimental estabeleceram que os cravos foram colocados entre os ossos pequenos dos pulsos (radial e ulna) e não pelas palmas. Cravos colocados pelas palmas sairiam por entre os dedos se o corpo fosse forçado a se apoiar neles. O equívoco pode ter ocorrido por uma interpretação errada das palavras de Jesus para Tomé, “vê as minhas mãos”. Anatomistas, modernos e antigos, sempre consideraram o pulso como parte da mão.
Um titulus, ou pequena placa, declarando o crime da vítima normalmente era colocado num mastro, levado à frente da procissão da prisão, e depois pregado à cruz de forma que estendia sobre a cabeça. Este sinal com seu mastro pregado ao topo teria dado à cruz um pouco da forma característica da cruz latina. 


O suor como gotas de sangue
 
O sofrimento físico de Jesus começou no Getsêmani. Em Lucas diz: "E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra." (Lc 22:44) Todos os truques têm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente seguindo a impressão que isto não podia acontecer. No entanto, consegue-se muito consultando a literatura médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem documentado. Sujeito a um stress emocional, finos capilares nas glândulas sudoríparas podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo poderia causar fraqueza e choque. Atenção médica é necessária para prevenir hipotermia.
Após a prisão no meio da noite, Jesus foi levado ao Sinédrio e Caifás o sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro traumatismo físico. Jesus foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus olhos e zombaram dele, pedindo para que identificasse quem o estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.


A condenação
 
De manhã cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, é levado ao Pretório da Fortaleza Antônia, o centro de governo do Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos. Você deve já conhecer a tentativa de Pilatos de passar a responsabilidade para Herodes Antipas, tetrarca da Judéia. Aparentemente, Jesus não sofreu maus tratos nas mãos de Herodes e foi devolvido a Pilatos. Foi em resposta aos gritos da multidão que Pilatos ordenou que Bar-Abbas fosse solto e condenou Jesus ao açoite e à crucificação.
Há muita diferença de opinião entre autoridades sobre o fato incomum de Jesus ser açoitado como um prelúdio à crucificação. A maioria dos escritores romanos deste período não associam os dois. Muitos peritos acreditam que Pilatos originalmente mandou que Jesus fosse açoitado como o castigo completo dele. A pena de morte através de crucificação só viria em resposta à acusação da multidão de que o Procurador não estava defendendo César corretamente contra este pretendente que supostamente reivindicou ser o Rei dos judeus. 
Os preparativos para as chicotadas foram realizados quando o prisioneiro era despido de suas roupas, e suas mãos amarradas a um poste, acima de sua cabeça. É duvidoso se os Romanos teriam seguido as leis judaicas quanto às chicotadas. Os judeus tinham uma lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chicotadas. 


O açoite
 
O soldado romano dá um passo a frente com o flagrum (açoite) em sua mão. Este é um chicote com várias tiras pesadas de couro com duas pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira. O pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de Jesus. Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Então, conforme as chicotadas continuam, elas cortam os tecidos debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando marcas de sangue, e finalmente, hemorragia arterial de vasos da musculatura.
As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqüentes chicotadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensangüentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está a beira da morte, então o espancamento é encerrado.
Então, Jesus, quase desmaiando é desamarrado, e lhe é permitido cair no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue. Os soldados romanos vêm uma grande piada neste Judeu, que se dizia ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os seus ombros e colocam um pau em suas mãos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexível, coberto de longos espinhos é enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabeça. Novamente, há uma intensa hemorragia (o couro do crânio é uma das regiões mais irrigadas do nosso corpo).
Após zombarem dele, e baterem em sua face, tiram o pau de suas mãos e batem em sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em sua cabeça. Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de suas costas. O manto, por sua vez, já havia aderido ao sangue e grudado nas feridas. Como em uma descuidada remoção de uma atadura cirúrgica, sua retirada causa dor toturante. As feridas começam a sangrar como se ele estivesse apanhando outra vez.


A cruz
 
Em respeito ao costume dos judeus, os romanos devolvem a roupa de Jesus. A pesada barra horizontal da cruz á amarrada sobre seus ombros, e a procissão do Cristo condenado, dois ladrões e o destacamento dos soldados romanos para a execução, encabeçado por um centurião, começa a vagarosa jornada até o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é demais para ele. Ele tropeça e cai. As lascas da madeira áspera rasgam a pele dilacerada e os músculos de seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já chegaram ao seu limite.
O centurião, ansioso para realizar a crucificação, escolhe um observador norte-africano, Simão, um Cirineu, para carregar a cruz. Jesus segue ainda sangrando, com o suor frio de choque. A jornada de mais de 800 metros da fortaleza Antônia até Gólgota é então completada. O prisioneiro é despido - exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus. 


A crucificação
 
A crucificação começa: Jesus é oferecido vinho com mirra, um leve analgésico. Jesus se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e Jesus é rapidamente jogado de costas, com seus ombros contra a madeira. O legionário procura a depressão entre os osso de seu pulso. Ele bate um pesado cravo de ferro quadrado que traspassa o pulso de Jesus, entrando na madeira. Rapidamente ele se move para o outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não esticar os ombros demais, para possibilitar alguma flexão e movimento. A barra da cruz é então levantada e colocado em cima do poste, e sobre o topo é pregada a inscrição onde se lê: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus".
O pé esquerdo agora é empurrado para trás contra o pé direito, e com ambos os pés estendidos, dedos dos pés para baixo, um cravo é batido atraves deles, deixando os joelhos dobrados moderadamente. A vítima agora é crucificada. Enquanto ele cai para baixo aos poucos, com mais peso nos cravos nos pulsos a dor insuportável corre pelos dedos e para cima dos braços para explodir no cérebro – os cravos nos pulsos estão pondo pressão nos nervos medianos. Quando ele se empurra para cima para evitar este tormento de alongamento, ele coloca seu peso inteiro no cravo que passa pelos pés. Novamente há a agonia queimando do cravo que rasga pelos nervos entre os ossos dos pés.
Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grandes ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus consegui falar as sete frases registradas:
Jesus olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre suas vestes disse: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. " (Lucas 23:34)
Ao ladrão arrependido, Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." (Lucas 23:43)
Olhando para baixo para Maria, sua mãe, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho.” E ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “Eis aí tua mãe.” (João 19:26-27)
O próximo clamor veio do início do Salmo 22, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Ele passa horas de dor sem limite, ciclos de contorção, câimbras nas juntas, asfixia intermitente e parcial, intensa dor por causa das lascas enfiadas nos tecidos de suas costas dilaceradas, conforme ele se levanta contra o poste da cruz. Então outra dor agonizante começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.
Lembramos o Salmo 22 versículo 14 “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.”
Agora está quase acabado - a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico - o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos - os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam seus estímulos para o cérebro.
Jesus clama “Tenho sede!” (João 19:28)
Lembramos outro versículo do profético Salmo 22 “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte.”
Uma esponja molhada em “posca”, o vinho azedo que era a bebida dos soldados romanos, é levantada aos seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido. O corpo de Jesus chega ao extremo, e ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre seu corpo. Este acontecimento traz as suas próximas palavras - provavelmente, um pouco mais que um torturado suspiro “Está consumado!”. (João 19:30)
Sua missão de sacrifício está concluída. Finalmente, ele pode permitir o seu corpo morrer.
Com um último esforço, ele mais uma vez pressiona o seu peso sobre os pés contra o cravo, estica as suas pernas, respira fundo e grita seu último clamor: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lucas 23:46).
O resto você sabe. Para não profanar a Páscoa, os judeus pediam para que o réus fossem despachados e removidos das cruzes. O método comum de terminar uma crucificação era por crucificatura, quebrando os ossos das pernas. Isto impedia que a vítima se levantasse, e assim eles não podiam aliviar a tensão dos músculos do peito e logo sufocaram. As pernas dos dois ladrões foram quebradas, mas, quando os soldados chegaram a Jesus viram que não era necessário. 


Conclusão
 
Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço das costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: "E imediatamente verteu sangue e água." Isto era saída de fluido do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração. Nós, portanto, concluímos que nosso Senhor morreu, não de asfixia, mas de um enfarte de coração, causado por choque e constrição do coração por fluidos no pericárdio.
Assim nós tivemos nosso olhar rápido – inclusive a evidência médica – daquele epítome de maldade que o homem exibiu para com o Homem e para com Deus. Foi uma visão terrível, e mais que suficiente para nos deixar desesperados e deprimidos. Como podemos ser gratos que nós temos o grande capítulo subseqüente da clemência infinita de Deus para com o homem – o milagre da expiação e a expectativa da manhã triunfante da Páscoa.
 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

CRUZ E COROA

de Dennis Downing 

Coroas sempre foram um sinal de autoridade e realeza.
 
O Rei Charles tinha uma coroa de oito lados. Cada um dos oito lados
era uma placa de ouro. Cada placa era revestida de esmeraldas e
pérolas.
 
Ricardo Coração de Leão, Rei da Inglaterra, tinha uma coroa tão
pesada que precisava de dois homens para segurá-la na sua cabeça.
 
A rainha Elizabete tem uma coroa que vale $20 milhões.
 
Mas, junte todas estas coroas e elas não valem um tostão em
comparação às coroas que Cristo tem.
 
Apocalipse 19:12 diz que Jesus tem "muitas coroas".
Ele tem a coroa da justiça.
Ele possui a coroa da glória.
Ele tem a coroa da vida.
Jesus tem a coroa de paz e de poder.
 
Mas, de todas as coroas que Jesus possui, uma é a mais querida de
todas.
 
Esta coroa não foi fabricada com ouro nem prata.
Ela não é coberta de jóias.
Esta coroa não foi feita pelas mãos de um mestre artesão.
 
Esta coroa foi formada às pressas, pelas mãos rudes de um soldado
Romano.
 
Esta coroa não foi colocada na cabeça de Jesus numa cerimônia de
glória e honra.
Ela foi colocada em Jesus num ato de humilhação.
É uma coroa de espinhos.
 
O impressionante sobre esta coroa, a coroa que Jesus escolheu para
si, é que, de todas as coroas que ele poderia ter escolhido, esta não
pertencia a Jesus.
 
Esta coroa era sua.
Você merecia usar esta coroa.
Você merecia sentir os espinhos.
Você merecia sentir o sangue descendo pelos seu rosto.
 
Você merecia os insultos, os açoites e os pregos.
Você merecia a morte.
Porque o pecado - pelo qual Jesus morreu – era seu.
 
Você merecia todo o sofrimento que Jesus passou.
Mas, para você, e para mim, Jesus reservou outra coroa.
 
Ele tomou a nossa coroa e nos oferece até hoje a coroa que era dEle -
a coroa da vida eterna.
 
Por causa do poder do amor dele.
Um amor tão grande que escolheu o pior para si e o melhor para nós.
 
Um amor tão forte que nem o túmulo pôde conter.
Este é o amor de Jesus por nós – a verdadeira mensagem da Páscoa.

O CONTROLE REMOTO E A CRUZ

de Dennis Downing 

O controle remoto é um aparelho bastante útil.
Durante qualquer filme nós podemos pular partes ou repetir cenas
interessantes.
 
Quando um acidente ocorre, podemos voltar para o momento antes.
Quando uma pessoa fala algo que não devia, podemos retornar ao
momento anterior ao que ela falou.
Podemos até parar uma bala no tempo e impedir que uma pessoa morra.
Tudo isso com o controle remoto.
 
Não seria bom se tivéssemos um controle remoto para a vida?
 
No filme “Click” (2006) Adam Sandler faz o papel de um arquiteto
sobrecarregado, que descobre um controle remoto universal, o qual lhe
permite parar tudo ao seu redor, enquanto ele faz o que quer.
 
Ele pode pular situações complicadas, ou adiantar momentos de vitória
na sua vida pessoal. Ele pode até voltar ao passado.
 
Só tem um porém.
Ele não pode mudar o passado.
 
Você já quis mudar algo que você fez na vida?
Você já teve vontade de voltar atrás em algo que você falou?
Já quis apagar uma frase, ou retirar uma declaração?
 
Teve alguma situação na sua vida em que você fez algo pelo qual você
daria qualquer coisa para desfazer?
 
Como seria bom se tivéssemos um controle remoto universal para voltar
atrás em nossas vidas!
 
Aquela palavra ou aquele ato. Aquela reação, ou aquela atitude.
Como seria bom se pudéssemos voltar no tempo e mudá-los.
 
Mas, não podemos.
 
Você não tem um controle remoto que lhe permite voltar no tempo.
Você não tem como rebobinar sua vida.
 
Você não tem como desfazer seus pecados.
Não tem como retirar palavras que machucaram, atos que feriram,
atitudes que magoaram.
 
Você não tem como fazer nada disso.
 
Mas, Jesus tem algo melhor.
Ele tem como limpar todo seu passado.
É isso que ele quer fazer para você a partir de hoje.
 
Jesus começou a obra na cruz do Calvário.
E ele quer terminá-la ainda hoje em sua vida.
 
Você está pronto para deixá-Lo?
 
A Páscoa não é sobre ovos de chocolate e coelhinhos.
Isso é para os comerciantes venderem suas mercadorias.
 
A Páscoa é sobre sangue, morte e redenção.
Tudo que a gente encontra num cântico favorito meu.
 
“Seja bendito o Cordeiro que na cruz por nós padeceu.
Seja bendito o Seu sangue que por nós pecadores verteu.
Eis nesse sangue lavados, com roupas que tão alvas são,
Os pecadores remidos, que perante seu Deus hoje estão!
 
Coro: Alvo mais que a neve! Alvo mais que a neve!
Sim, nesse sangue lavado, mais alvo que a neve serei!”
(“Doxologia” de Kleber Lucas)
 
Jesus pode perdoar os seus pecados?
 
Ele não só pode, como ele morreu na cruz para provar que pode e que
quer.
 
“ Eu?”, você pergunta.
Jesus quer me perdoar?
Eu com tantos pecados e falhas?
Tão fracassado! Tão insignificante!
Por que Jesus perdoaria uma pessoa como eu?
 
Volte mais uma vez para o Calvário.
Pense nos últimos momentos da vida de Jesus.
 
Você lembra aquele último pedido feito a ele?
Aquele ladrão pendurado ao lado do Senhor?
Você lembra a resposta de Jesus?
 
Quem foi que Jesus escolheu para levar desta vida para a glória?
A quem ele prometeu que entraria na eternidade ao seu lado?
 
Foi a seu discípulo mais fiel?
Foi a um apóstolo ou pregador famoso?
 
Foi a um príncipe ou um profeta?
Nenhum destes.
 
Ele prometeu a um criminoso confesso, um pecador assumido, um Zé
ninguém cujo nome até hoje é desconhecido.
Mas, o homem teve a ousadia de pedir a Jesus misericórdia.
Lembre como Jesus respondeu àquele humilde pedido.
 
Você quer pedir algo a Jesus?
Você precisa da misericórdia, do perdão dEle?
 
Agora você sabe a resposta.
Já dá para imaginar as bênçãos que lhe esperam.
 
Jesus está pronto.
Só falta você.
 

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