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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O Agir do Espírito Santo - Steven Lawson




Trecho da mensagem pregada por Steven Lawson na Conferência Fiel para Pastores e Líderes 2012.

Vídeos Completos: http://www.editorafiel.com.br/detalhes_videoteca.php?id_conf=54

A Harmonia da Diversidade - Sillas Campos



Trecho da mensagem pregada por Sillas Campos na Conferência Fiel para Pastores e Líderes 2012.

Vídeos Completos: http://www.editorafiel.com.br/detalhes_videoteca.php?id_conf=54

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A Glória de Deus no Chamado para Pregar às Nações








Franklin Ferreira 


Gostaria de usar o texto de Jeremias 1.4-19 para tratar de três temas vitais ao ministério cristão de ensino: a vocação, a pregação e seu conteúdo, e a coragem necessária para permanecer firme. Na verdade, gostaria de usar o texto de Jeremias como um texto de formação, que entrelace nossas vocações de ensino à vocação de Jeremias, que nos ajude a recuperar o senso de chamado para pregar a mensagem de Deus às nações. Antes de continuar, fazem-se necessárias algumas palavras introdutórias. Jeremias, que significa "aquele que exalta o Senhor", começou seu ministério no reinado de Josias, que iniciou uma reforma e renovação da aliança, de curta duração. Ele pertencia a uma família de sacerdotes e recebeu seu chamado quando tinha 18 anos, na segunda década do século sétimo a.C., na pequena cidade de Anatote, a cinco quilômetros de Jerusalém. Na verdade, Jeremias viveu em meio a um turbulento momento político na história da região: a Assíria entrara em declínio como império, o Egito tentava recuperar sua influência, e a Babilônia era o poder em ascensão no leste. Pouco depois, Josias foi morto em Megido e, em rápida sucessão, três de seus filhos, Joacaz, Jeoaquim e Zedequias, e um neto, Joaquim, sucederam-no no trono. Por não temerem a Deus, esses reis conduziram o povo da aliança aos eventos mais devastadores da história de Judá: a invasão babilônica, a destruição do templo e o exílio no estrangeiro.
Nós hoje vivemos numa encruzilhada da história. A igreja tem crescido globalmente. Aqui no Brasil há muitos pastores devotos, crentes sérios, igrejas saudáveis, sinais da obra do Espírito Santo. Ao mesmo tempo, há superficialidade e infidelidade bíblica, traição ministerial, divisões, idolatria por crescimento de igreja a qualquer custo. Na esfera pública temos governos populistas, corrupção, pessoas morrendo em portas de hospitais, violência crescendo assustadoramente e impunidade ampla, geral e irrestrita. Há preocupantes sinais de ameaças à liberdade de culto e de expressão. Diante desse quadro, (1) qual deve ser a imagem cultivada por aqueles chamados a obedecer à ordem de pregar a palavra de Deus? (2) Qual deve ser o conteúdo de tal mensagem? (3) Como aqueles chamados a pregar essa soberana Palavra devem se portar?

1. Vocação (4-8)

Vamos nos deter um pouco nos versículos 4-7: O relato começa com a afirmação "a mim me veio, pois, a palavra do Senhor" (Jr 1.4). Essas palavras ou expressões equivalentes ocorrem outras vezes no livro (Jr 7.1; 11.1; 14.1; 16.1; 18.1). A palavra way'hi ("continuou a vir") sugere que este chamado veio não de forma súbita, mas de forma persistente. "Antes que eu te formasse": estas primeiras palavras do Senhor a Jeremias revelam que foi iniciativa de Deus o fato de ele ter sido escolhido para ser profeta. O nome de Deus domina a cena: nessa pequena passagem o nome do Senhor é citado 12 vezes! Ele o predestinou para anunciar a mensagem, e antes mesmo de seu nascimento, Jeremias foi consagrado ("separado", "santificado") por Deus para essa tarefa (Jr 1.5; cf. Gl 1.15). Desde a concepção até a consagração, Deus tinha preparado cada etapa do processo, conhecendo todas as necessidades e sabendo como supri-las. Em outras palavras, Jeremias recebeu o caráter e a personalidade necessários para a obra profética. "E te constituí": significa "dei", isto é, antes mesmo de Jeremias nascer ele foi dado. Essa é a maneira de Deus agir. Ele fez isso com seu próprio Filho, Jesus Cristo (Jo 3.16). Deus o ofereceu às nações. Deus continua enviando aqueles que ele chama a pregar às nações, em obediência ao chamado e em imitação a seu Filho (1Co 11.1).
Por outro lado, a reação de Jeremias mostra que ele não era voluntário (Jr 1.6). Ele menciona sua idade: "Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança". Na verdade, ele não queria dizer que era uma "criança", mas que ainda não chegara aos trinta anos, que era o tempo quando os levitas iniciavam oficialmente seu ministério, sendo, portanto, muito jovem para atender o chamado. Mas Deus responde a objeção: "Não digas: Não passo de uma criança" (Jr 1.7). A compreensão de que ele tinha sido escolhido como instrumento da revelação de Deus para uma geração endurecida forneceu a convicção de que sua missão provinha de Deus, e levou-o a proclamar a palavra do Senhor a uma nação teimosa e rebelde. E ele recebeu forças da comunhão constante com Deus em oração (cf. Jr 12-20, as cinco "confissões" de Jeremias). "Porque a todos a quem eu te enviar irás; e tudo quanto eu te mandar falarás": Quanto mais próximo do exílio, o cumprimento da profecia, mais sua timidez inicial é substituída por coragem, o que mostra o quanto ele amadureceu em sua vocação.
Como acontece com Jeremias no versículo 8, os servos de Deus receberam muitas vezes a ordem "não temas", como Abraão (Gn 15.1), Moisés (Nm 21.34; Dt 3.2), Daniel (Dn 10.12, 19), Maria (Lc 1.30), Simão (Lc 5.10) e Paulo (At 27.24). Diante do medo, uma emoção terrível e paralisante, Deus assegura que sustentará seu servo. Jeremias não estaria livre de oposição e até de perigo físico, porém cumpriria seu ministério em todas as dificuldades, porque Deus estaria com ele para fortalecê-lo. Portanto, Jeremias submeteu-se à sua vocação. E, mesmo sem sair de Jerusalém, ele seria um profeta às nações – a mensagem de Deus ecoaria por Egito, Filistia, Moabe, Amom, Edom, Damasco, Quedar, Hazor, Elão e Babilônia (Jr 46-51). Talvez, como Jeremias, nunca viajemos para fora de nosso país para anunciar a mensagem de Deus. Mas, ainda assim, podemos ser instrumentos para levar a Palavra de Deus às nações.
Parece que o estilo de vida dos homens que exercem hoje a vocação profética no Brasil está em ruínas. Esta vocação proclamadora foi substituída por estratégias comandadas por burocratas religiosos munidos de planos de negócios. Pensa-se hoje no pastor como alguém "que faz as coisas" ou que "faz as coisas acontecerem". Pastores construtores de templos. Pastores administradores. Pastores executivos. Pastores seniores. Essa definição se aplica aos modelos básicos de liderança em nossa cultura: políticos, homens de negócios, celebridades e atletas. Mas nossa vocação precisa ser modelada por Deus, pelas Escrituras e pela oração. O elemento central da vocação profética não é de alguém "que faz as coisas", e sim de alguém colocado na comunidade para estar atento e chamar a atenção ao que Deus fala em sua Palavra, palavra de juízo e denúncia, mas palavra de graça, misericórdia e renovação.
Neste sentido, precisamos relembrar: Deus chama alguns membros da santa comunidade sacerdotal para pregar o evangelho, as boas novas da livre graça de Deus. Essa vocação é uma obra interna de Deus, que chama os servos da Palavra. E embora seja interno, o chamado para o ministério inevitavelmente virá acompanhado por um testemunho externo. Ou seja, aqueles chamados para a pregação da Palavra demonstrarão dons e aptidões para o exercício do ministério. Eles são equipados pelo Espírito Santo para pastorear, evangelizar, pregar e ensinar – e frutos visíveis serão evidenciados por conta desse chamado interno. E será confirmado diante da igreja este chamado interno, por conta dos frutos externos da obra da graça que já aconteceu interiormente. Portanto, a vocação profética não pode ser reduzida a mero trabalho. Este pode ser quantificado e avaliado. Pode-se dizer se este chegou ao fim ou não, assim como se pode ser contratado ou demitido. Uma vocação não é um trabalho. A vocação profética é sobre a pregação da Palavra, sobre a administração dos sacramentos, sobre chamar o povo de Deus a adorar o Pai, Filho e Espírito Santo, é sobre lembrar semanalmente à comunidade da fé os privilégios e responsabilidades da aliança.
Karl Barth afirmou que quem não houver sido chamado para pregar, que não o faça, pois não será pequeno mal que causará se subir ao púlpito sem haver sido escolhido por Deus para isto. Por outro lado, se você foi chamado para anunciar a santa Palavra, você só tem um, e um único oficio: anunciar fielmente "todo o desígnio de Deus" (At 20.27), portando-se como alguém que pertence exclusivamente ao Senhor.

2. Conteúdo e Pregação (9-16)

Analisando os versículos 9-10, percebemos que tocando na boca do jovem, Deus simboliza a comunicação de sua mensagem. Agora o Senhor proclama sua mensagem às nações tendo Jeremias por arauto. Para transmitir esta mensagem, Deus usa metáforas baseadas na agricultura e na construção, constituída por três pares de verbos, os dois primeiros negativos e o terceiro positivo: o profeta deve arrancar e derribar, destruir e arruinar para então edificar e plantar (Jr 1.10). Toda a corrupção na nação deve ser arrancada e derrubada, e somente depois disto é que se pode edificar e plantar de novo. Portanto, a mensagem do profeta teria duas funções. Em primeiro lugar, essa mensagem era uma declaração sobre a maldição da aliança que seria executada em seu devido tempo (Dt 28.1-68). Em segundo lugar, as bênçãos da aliança se tornariam realidade. Deus quer renovar, reconstruir e restaurar seu povo, mas antes da renovação é necessária a remoção radical do pecado e da infidelidade à aliança e eleição. A ruína é inevitável, enquanto a nação persistir no pecado, mas a palavra de renovação oferece esperança de restauração. Usando a linguagem do Novo Testamento, Deus tem primeiro de remover o pecado, antes de o pecador começar a crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo.
Jeremias, entretanto, é humano. Ele reage inicialmente com medo e inadequação. São reveladas então a Jeremias duas visões inaugurais, descritas nos versículos 11-13. A primeira é a de "uma vara de amendoeira" (Jr 1.11). Em hebraico, a palavra "amendoeira" (shaqéd) e o verbo "eu velo sobre" (shoqéd) têm som semelhante. Há um jogo de palavras aqui que ilustra a prontidão com que Deus cumpre suas promessas. Sempre que o profeta visse a cada primavera uma amendoeira em flor, ele seria lembrado de que o Senhor está observando para assegurar que sejam cumpridas todas as palavras transmitidas em seu nome (Jr 1.12). A segunda visão tinha um tom mais sinistro, "uma panela ao fogo" (ou "fervendo"), literalmente uma panela sobre a qual alguém sopra, e cuja boca se inclina do Norte, indicando que seu conteúdo se derrama em direção ao sul (Jr 1.13). Essa visão indica a invasão babilônica, que virá do norte (Jr 20.4).
Percebemos nos versículos 14-16 que o exército da Babilônia executará o propósito de Deus de punir a idolatria de Judá e a quebra da aliança do Sinai. O verbo qtr, "queimar incenso" (Jr 1.16), é usado em outras passagens significando queimar a gordura dos sacrifícios (cf. 1Sm 2.16; Sl 66.15). A tensão entre o culto aos ídolos e a adoração exclusiva ao Senhor chegaram ao clímax. A guerra viria para interromper um modo de vida inútil, impuro e indolente, obrigando o povo a voltar seus olhos para o que é essencial e eterno. Mas Jeremias não vai trazer o fim por meio da espada ou da ação política. Ele é chamado a proclamar a palavra do Senhor quantas vezes for necessário, custe o que custar, e um alto preço será exigido dele.
Aqueles chamados ao ofício de anunciar a Palavra de Deus não são chamados a trocar a mensagem da aliança pelo discurso político. Nenhuma ideologia é absoluta e nem pode ser confundida com o evangelho. Sempre que a igreja ou mesmo pastores e teólogos identificaram determinada ideologia com o reino de Deus ou com a mensagem bíblica, essa foi não apenas distorcida, mas acabou sendo perdida. Portanto, a preocupação primeira daqueles chamados a anunciar a Palavra de Deus não é tanto com a mudança da sociedade civil, mas com a reforma e renovação da igreja por meio da mensagem de Deus. Aqueles chamados ao ofício de anunciar a palavra de Deus não são chamados para lidar com aqueles que ouvem e se submetem à mensagem profética como se fossem problemas. É fácil reduzir as pessoas a problemas, pois na maior parte das vezes é fácil solucionar esses problemas. Mas os profetas são chamados a conduzir as pessoas dos ídolos a Deus, da rebelião para a aliança, por meio da Palavra, da adoração e da oração. Aqui somos meros instrumentos nas mãos de Deus. As pessoas não devem ser vistas como problemas em busca de solução, mas como pecadores que podem ser renovados à imagem de Deus. Portanto, a vocação é sobre conduzir as pessoas a Deus, por meio de sua Palavra, em humildade. Trata-se de permanecer junto ao povo.
A tentação à qual os profetas estão sujeitos é considerar Deus uma mercadoria, utilizá-lo para legitimar a idolatria (cf. Jr 23.21-40). Qual é, então, o conteúdo da mensagem profética? Deve-se conhecer o Senhor (Jr 8.7; 24.7; 31.31-34). Este conhecimento se dá por meio do Messias, o Renovo Justo, descendente de Davi, que executa juízo e justiça na terra (Jr 33.14-18), a fonte de águas vivas (Jr 2.13), o bálsamo de Gileade (Jr 8.22), o Bom Pastor (Jr 23.4), o Renovo Justo (Jr 23.5), o Senhor justiça nossa (Jr 23.6), aquele que trará a nova aliança (Jr 31.31-34). E este novo conhecimento redunda em preocupação pelo aflito e necessitado e na prática da justiça e retidão.
A mensagem profética é o convite para "voltar" (Jr 4.1-2; cf. 9.24; 22.2, 13, 15; 23.5; 33.15). Este termo e seus cognatos foram usados quase cem vezes neste livro e são o significado literal da palavra "arrependimento". Implica voltar-se dos próprios caminhos para a aliança (Jr 6.16), é um chamado à comunidade para um retorno à "verdade", "juízo" e "justiça". Em suma, o povo é chamado ao arrependimento e ao conhecimento de Deus por meio do Messias. E o remédio de Deus para o coração enfermo (Jr 17.9) será gravar sua lei no coração da nova comunidade (Jr 31.31-34). Portanto, o verdadeiro profeta é aquele que procura distanciar o povo do mal, enfatizando as exigências de Deus na aliança (Jr 23.14, 22).
Usando a linguagem do Novo Testamento, aqueles dentre nós chamados ao santo ministério da Palavra, devem pregar as realidades grandiosas e magníficas de Deus e do Espírito Santo, da Escritura e da criação, da cruz de Cristo e da aliança, da salvação e de uma vida santa, a oração, o batismo, a santa ceia. E isso deve ser pregado no púlpito, nas salas de aula e na visitação pastoral, ansiando por vidas moldadas pela Palavra de Deus, renovada pelo Espírito Santo, de uma humildade disposta ao sacrifício, que erguem a Deus um louvor santo, sofrendo sem perder o contentamento, orando sem cessar, perseverando na santidade.

3. Segurança (17-19)

Na seção composta dos versículos 17-19 podemos ver que o desânimo que o profeta sentiu ao entender o conteúdo da profecia é combatido por uma ordem direta: "cinge os lombos" (Jr 1.17), que pode ser traduzida como: "e você, prepare-se!" A frase é um termo militar hebraico usado para descrever um soldado vestido e devidamente preparado para tomar sua espada. Antes mesmo de nascer, ele foi convocado para lutar nessa batalha. Não lhe foram concedidos alguns anos nos quais pudesse refletir e decidir em que lado se posicionaria ou mesmo se iria lutar. Ele foi escolhido. Deus o chamou para ser um guerreiro. Então, ele deve ser fiel ao anunciar a Palavra de Deus e não deve temer a ninguém. Mais do que isso, o Senhor incita Jeremias a se preparar para a batalha. Se Jeremias perder sua coragem, Deus o abandonará por sua falta de fé: "Não te espantes diante deles, para que eu não te infunda espanto na sua presença". Devemos entender: há uma verdadeira batalha espiritual sendo travada. Há maldade, crueldade e infelicidade. Há superstição e ignorância; brutalidade e dor. Não existe zona neutra no Universo. Cada centímetro quadrado é área de combate. Deus se levanta contra tudo isso. Ele está salvando, resgatando, abençoando, provendo, julgando, renovando: "Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina" (2Tm 4.1-2).
Deus, então, faz uma das promessas mais ricas que ele pode fazer aos seus servos: "Tu, pois, cinge os lombos, dispõe-te e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te espantes diante deles, para que eu não te infunda espanto na sua presença. Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muros de bronze, contra todo o país, contra os reis de Judá, contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão". Mesmo com todos contra ele, Deus estará ao seu lado, fazendo-o invencível. A presença de Deus lhe dá a certeza de que ele será uma fortaleza invencível, firme como uma "coluna de ferro" e resistente aos ataques como "muros de bronze". E sua mensagem afetará pessoas de todas as classes sociais em Judá, dos líderes políticos e sacerdotes ao cidadão comum.
No início do verão de 1942, uma crente luterana, Sophie Scholl, participou da produção e distribuição de panfletos de um pequeno movimento de resistência pacífica chamado Rosa Branca. Ela foi presa, junto com seu irmão, Hans Scholl, e outro universitário, Christoph Probst, em 18 de fevereiro de 1943, depois que o reitor da Universidade de Munique os surpreendeu distribuindo esses panfletos no pátio da universidade. Em 22 de fevereiro de 1943 os três foram julgados em menos de quatro horas, acusados de alta traição e decapitados no mesmo dia. Suas últimas palavras foram: "Como podemos esperar que a justiça prevaleça quando são poucos os que estão dispostos a se doarem individualmente a uma causa justa? Um dia bonito e ensolarado, e eu tenho de partir, mas o que importa a minha morte, se através de nós milhares de pessoas forem despertadas e instadas à ação?" Sophie Scholl foi martirizada com 21 anos. Mesmo tão jovem, ela se opôs ao totalitarismo nazista, por causa de sua fé, num contexto de repressão, censura e conformismo. Isso é coragem invencível! Se você foi chamado a anunciar a Palavra, fique firme! A promessa e a graça de Deus estão com você! Como diz a canção do grupo Logos:
Meu servo, não temas!
Não temas, pois eu te escolhi!
Sei que é difícil, mas confia em mim!
Confia em mim e então,
Tu verás o meu poder!
Durante seus quarenta anos de ministério, Jeremias foi invencível. Diversas vezes passou por intensa agonia, mas não traiu sua vocação. Ele foi desprezado e perseguido, mas jamais deixou de anunciar a mensagem de Deus. Ele foi tremendamente pressionado para que fizesse concessões, desistisse e se escondesse, porém, jamais cedeu. Cada músculo do seu corpo foi exigido até o limite da fadiga. Mas ele foi corajosamente "coluna de ferro" e "muros de bronze". Muitos se oporiam, mas Deus prometeu estar com ele e protegê-lo: "Eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar" (Jr 1.19).

Conclusão

Jeremias foi o profeta mais rejeitado e resistido da história israelita. Ele recebeu a ordem de não se casar ou ter filhos (Jr 16.1-4), uma experiência incomum de celibato. Experimentou oposição, castigos e prisões (Jr 11.18-23; 12.6; 18.18; 20.7; 26.9-19; 28.5-17; 37.11-38.28). Muitas vezes é chamado de o "profeta chorão" (Jr 9.1; 13.17; 14.17). Quando levado para o Egito, contra a sua vontade, caiu no esquecimento – de acordo com a tradição, ele morreu naquele país, dez anos depois, apedrejado por seus compatriotas, que ainda se recusavam a aceitar sua mensagem. Mas não somos chamados a andar por vista, mas por fé. Jeremias foi grandemente honrado pelos escritores do Novo Testamento. Sua profecia é citada 40 vezes, a metade no Apocalipse (cf. 50.8; Ap 18.4; 50.32; Ap 18.8; 51.59s; Ap 18.24s). A mais longa citação do Antigo Testamento no Novo Testamento é a passagem da "nova aliança" (Jr 31.31-34; cf. Hb 8.8-13). As denúncias de Jeremias contra o povo como incircunciso de coração e ouvido (Jr 6.10; 9.26) foram repetidas por Estevão (At 7.51), uma pregação que lhe custou a vida. As lições tiradas da visita à casa do oleiro (Jr 18.1-10) foram aplicadas por Paulo ao chamado dos gentios por Deus (Rm 9.20-24). E Jeremias, que foi considerado o mais humano dos profetas, recebeu a maior honra, ter sido comparado ao Filho do Homem (Mt 16.14). Que obedeçamos nossa vocação, preguemos fielmente a mensagem recebida, que finquemos os pés no chão com coragem, para que em tudo Deus seja glorificado.
"Todavia, o meu povo trocou a sua Glória por aquilo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai estupefatos, diz o Senhor. Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas" (Jr 2.11-13).
"Dai glória ao Senhor, vosso Deus, antes que ele faça vir as trevas, e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em sombra de morte e a reduza à escuridão" (Jr 13.16).
"Não nos rejeites, por amor do teu nome; não cubras de opróbrio o trono da tua glória; lembra-te e não anules a tua aliança conosco" (Jr 14.21).
"Ó Senhor, Esperança de Israel! Todos aqueles que te deixam serão envergonhados; o nome dos que se apartam de mim será escrito no chão; porque abandonam o Senhor, a fonte das águas vivas. Cura-me, Senhor, e serei curado, salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor" (Jr 17.13-14).

Bibliografia:

Issiaka Coulibaly, "Jeremias", em Tokunboh Adeyemo (ed. geral), Comentário bíblico africano. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.
Karl Barth, Carta aos Romanos. São Paulo: Fonte Editorial, 2009.
F. Cawley, "Jeremias", em F. Davidson (ed.), Novo comentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, s/d.
J. G. S. S. Thomson, "Jeremias", em J. D. Douglas (ed.), Novo dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1995, p. 794-800.
R. K. Harrison, Jeremias e lamentações; introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova & Mundo Cristão, 1989.
Eugene H. Peterson, Memórias de um pastor. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.
Eugene H. Peterson, Ânimo; o antídoto bíblico contra o tédio e a mediocridade. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.
J. R. Soza, "Jeremias", em T. Desmond Alexander & Brian S. Rosner, Novo dicionário de teologia bíblica. São Paulo: Vida, 2009, p. 324-329.

Fonte: Editora Fiel

A Primazia da Glória de Deus

Matt Chandler é o pastor da The Village Church, que conta com uma frequência de 10.000 pessoas em seus cultos, na região metropolitana de Dallas, Texas, EUA. Matt é autor e preletor em conferências teológicas nos EUA e seus sermões são acessados aos milhares pelo iTunes. Antes de assumir o pastorado em The Village Church, Matt exerceu, durante dez anos, um vibrante ministério itinerante de pregação do evangelho nos EUA e em outros países, anunciando a glória de Deus e a beleza do evangelho de Jesus Cristo.
 
 
Ao examinarmos o que é a criação, em toda sua maravilha e diversidade, e ponderarmos como essa criação veio a existir, temos de nos lembrar de que toda a complexidade e beleza do Universo não foi feita com a intenção de acabar em si mesma, mas sim, traçar sua origem ao Criador.
Deus criou tudo, e tudo que fez era bom, mas aquilo que criou para ser bom não era um fim em si mesmo, foi-nos dado como bom para que nós fôssemos impelidos a adorá-lo. Noutras palavras, quando você e eu tomamos um bocado de comida, isso deveria nos induzir à adoração – não da comida, claro, mas do Criador dos alimentos. Quando eu ou você sentimos o calor do abraço de nosso filho, isso deveria atiçar em nós a adoração. Ao sentir o calor do sol em nosso rosto, isso deveria criar adoração. Quando sentimos o cheiro da chuva, isso deveria fazer com que adorássemos quem a fez. Poderíamos continuar com exemplo após exemplo, sem fim. A bondade da criação não é para declarar a si mesma, mas agir como sinaleiro que aponte para o céu. Por esta razão é que Paulo podia dizer: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1Co 10.31). Ele trabalha com o pressuposto de que qualquer coisa que façamos pode ser feito para a glória de Deus.
Afinal, nunca estamos em estado de não adoração. É fácil ver que fomos criados para adorar. Somos totalmente desesperados por isso. Desde o fanatismo nos esportes até os tablóides das celebridades, e todas as outras espécies de voyeurismos que hoje em dia são normais em nossa cultura, evidenciamos que fomos criados para olhar para algo além de nós mesmos e nos maravilharmos, desejarmos, gostarmos com zelo, amarmos com afeto. Nossos pensamentos, nossos desejos, nossos comportamentos são sempre orientados a alguma coisa, ou seja, sempre estamos adorando – atribuindo valor a algo. Se não for Deus, o alvo desse culto é algum ídolo. Mas de qualquer jeito, não há como desligar o interruptor de adoração de nossos corações. Tim Keller escreve:
Quando o seu significado na vida é endireitar a vida de outro, pode ser que chamem isso de "codependência", mas na verdade, é idolatria. Um ídolo é aquilo que você vê e diz no fundo do coração: se eu tiver isso, sentirei que minha vida tem propósito, saberei que tenho valor, obterei significado e segurança. Existem muitas maneiras de descrever essa espécie de relação com alguma coisa, mas talvez a melhor delas seja a palavra adoração.
Na verdade, cada vez que orientamos o âmago de nosso coração a alguma coisa, estaremos adorando essa coisa. O alvo das Escrituras é dirigir nossa adoração ao único Deus verdadeiro do Universo, e o próprio Universo foi projetado, não para ocupar nosso culto, mas para mover o mais íntimo de nosso coração a contemplar o seu Deus. Os céus, afinal, não proclamam a glória de si mesmos, mas a glória de Deus.
Sendo assim, a criação nos leva a olhar algo além de nós e nos maravilharmos disso. Toda a criação nos foi dada para que contemplássemos o tremendo Deus que tudo criou e o fez bom. João Calvino escreve:
Desde a criação do Universo, ele criou as insígnias pelas quais mostra-nos sua glória em todo tempo e todo lugar que lançarmos os olhos... Como a glória de seu poder e sabedoria brilham mais no alto, o céu muitas vezes é chamado de seu palácio... No entanto, onde quer que lancemos os olhos, não existe um único lugar no Universo onde não possamos discernir pelo menos algumas centelhas de sua glória.
Isso coloca sobre nós a responsabilidade de exercer domínio sobre a criação para a glória de Deus, não para nossa própria glória nem pela própria criação. Porque Deus declarou boa a criação, temos a responsabilidade, como mordomos, de cuidar bem dela, não como servos da criação, mas como servos de Deus. Isso torna o que muitas vezes chamamos de "cuidados da criação" um aspecto válido da responsabilidade de sermos bons mordomos da boa dádiva de Deus, mas torna a adoração da criatura ou criação algo totalmente fora dos limites aceitos por Deus. Assim, os que colocam o mundo natural, seja ela a flora ou fauna, em valor maior do que os seres humanos estão envolvidos em idolatria. Igualmente, quem coloca um objeto de culto – quer o chamem de deus ou deusa ou qualquer outra coisa – dentro da própria criação, está envolvendo idolatria. Dessa espécie de disfunção de adoração, temos desde a espiritualidade da Nova Era até o panteísmo e até o eco-terrorismo anárquico. Qualquer pessoa que quer queimar um prédio onde moram pessoas para salvar árvores, ou arpoar um marinheiro para salvar as baleias, está presa a uma adoração pervertida.
Contudo, fomos feitos para adorar, planejados para dar glória a algo bem maior que nós mesmos. Sendo assim, interagimos com a terra de modo a sempre mover o coração e mente quanto à bondade, beleza e graça de Deus naquilo que ele nos deu, desde sua criatividade na invenção de sabores até sua beneficência em dar-nos o calor do Sol. O testemunho consistente das Escrituras é este: a principal empreitada de Deus é para sua própria glória. Conforme aprendemos no primeiro capítulo, o ponto principal da Bíblia é o glorioso respeito devido a Deus. Assim, o propósito principal da vida humana deve ser considerar a glória de Deus.
Imagino que a maioria dos que leem este livro terá pelo menos três refeições no dia, ou no mínimo, poderia comer se quisesse. Perdemos de vista que a maior parte do resto do mundo não consegue fazer isso. Assim, em vez de fazer uma oração trivial de agradecimento a Deus pedindo que abençoe o alimento, por que não entrar em cheia e dizer: "Obrigado, Deus, porque o Senhor provê isso, e o fez de modo a requerer muito pouco esforço da minha parte, e porque o Senhor poderia tirar tudo isso em um único instante, mas não o faz"? Que tal gratidão pela provisão de Deus acima da gratidão pela glória criativa de Deus na criação de sabores e em como tudo combina?
É a razão da criação de Deus. A razão da bondade de sua criação. Nosso reconhecimento e prazer na glória de Deus.

Fonte: Trecho do livro "O Evangelho Explícito", publicado pela Editora Fiel em 2013
Tradução: Elizabeth Gomes
Revisão: Márcia Gomes

sábado, 16 de fevereiro de 2013

O Verdadeiro Amor

John MacArhtur, autor de mais de 150 livros e conferencista internacional, é pastor da Grace Comunity Church, em Sum Valley, Califórnia, desde 1969; é presidente do Master's College and Seminary e do ministério "Grace to You"; John e sua esposa Patrícia têm quatro filhos e quatorze netos.
 
 
 
"Tudo o que você precisa é de amor", assim cantavam os Beatles. Se eles tivessem cantado sobre o amor de Deus, a frase revelaria uma certa verdade. Mas aquilo que a cultura popular diz ser amor, não se trata, na verdade, de um amor autêntico, é antes uma verdadeira fraude. Longe de ser "tudo o que precisa", é algo que deve evitar a todo o custo.
O apóstolo Paulo fala-nos sobre esse tema em Efésios 5:1-3. Ele escreveu: "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados. E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos".
A simples ordem do verso 2 ("E andai em amor, como também Cristo vos amou") resume toda a obrigação moral do cristão. No fundo, o amor de Deus é o único princípio que define completamente o dever do cristão, e este tipo de amor é exatamente "tudo o que você precisa". Romanos 13:8 diz, "porque quem ama aos outros cumpriu a lei". Os mandamentos resumem-se a estas palavras: "Amarás o próximo como a ti mesmo, já que o amor é o cumprimento da lei." Gálatas 5:14 ecoa a mesma verdade: "Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: "Amarás ao teu próximo como a ti mesmo." Da mesma maneira Jesus ensinou que toda a lei e profetas dependem de dois princípios básicos sobre o amor – o primeiro e o segundo mandamentos (Mt. 22:38-40). Em outras palavras: "e, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição." (Cl 3:14).
Quando o apóstolo Paulo nos diz para caminhar no amor, o contexto revela-se em aspectos positivos, pois ele fala-nos sobre sermos bons uns para os outros, misericordiosos e que nos perdoemos uns aos outros (Ef. 4:32). O modelo de tal amor, mais centrado nos outros que em si próprio, é Cristo, que se entregou para nos salvar dos nossos pecados. "Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." (João 15:13). E "amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros." (1 João 4:11).
Em outras palavras, o amor verdadeiro é sempre um sacrifício, uma entrega de nós mesmos, é misericordioso, compassivo, compreensivo, amável, generoso e paciente. Estas e muitas outras qualidades positivas e benignas (ver 1 Co. 13:4-8) são as que as Sagradas Escrituras associam ao amor divino.
Mas reparemos no lado negativo, também visto no contexto de Efésios 5. Aquele que ama os outros verdadeiramente, como Cristo nos ama, deve recusar todo o tipo de amor falso. O apóstolo Paulo nomeia algumas destas falsidades satânicas. Elas incluem a imoralidade, a impureza e a ganância. A passagem continua: "Nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes, ações de graças. Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais seus companheiros." (Ef 5:4–7).
A imoralidade é, talvez, o substituto favorito do amor na nossa atual geração. O apóstolo Paulo usa o termo grego porneia, o qual significa todo o tipo de pecado sexual. A cultura popular tenta desesperadamente desvanecer a linha que separa o amor verdadeiro da paixão imoral. Mas tal imoralidade é uma perversão total do amor verdadeiro, porque procura a autogratificação em vez do bem aos outros. A impureza é outra perversão diabólica do amor. O apóstolo Paulo emprega aqui o termo akatharsia, o qual se refere a todo o tipo de imoralidade sexual e impureza. Especificamente, ele refere-se à sujidade, à impureza e à ganância, que são as características particulares do companheirismo com mal. Este tipo de companheirismo não tem nada a ver com o amor verdadeiro, e o apóstolo afirma claramente que não tem lugar para ele no caminho do cristão.
A ganância é outra corrupção do amor que tem origem no desejo narcisista de autogratificação. É exatamente o oposto do exemplo que Cristo deu quando "se entregou por nós" (v. 2). No verso 5, o apóstolo Paulo compara a ganância à idolatria. Também isto não tem lugar no caminho do cristão e, de acordo com o verso 5, a pessoa culpada de tal pecado "não tem herança no Reino de Cristo e de Deus."
E tais pecados, diz o apóstolo Paulo, "nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos." (v. 3). "Portanto, não sejais seus companheiros", ou seja, daqueles que praticam tais coisas, diz-nos o verso 7.
Em outras palavras, não demonstraremos amor verdadeiro a não ser que sejamos intolerantes com todas as perversões populares do amor.
Hoje em dia, a maioria das conversas sobre o amor ignora este princípio. "O amor" foi redefinido como uma ampla tolerância que ignora o pecado e que abraça o bem e o mal de igual forma. Mas isso não é amor, é apatia.
O amor de Deus não tem nada a ver com isso. Lembra-te que a mais suprema manifestação do amor de Deus é a Cruz, sinal que Cristo "vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave." (V. 2). A Sagrada Escritura explica o amor de Deus em termos de sacrifício, de arrependimento pelos pecados cometidos e de reconciliação: "Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados." (1 João 4:10). Em outras palavras, Cristo converteu-se em sacrifício para desviar a ira de um Deus ofendido. Longe de perdoar os nossos pecados com uma tolerância benigna, Deus deu o seu Filho como uma oferta pelo pecado para satisfazer a sua própria ira e justiça na salvação dos pecadores. Este é o coração do Evangelho. Deus manifesta o seu amor de uma forma que confirma a sua santidade, justiça e misericórdia sem compromisso. O amor verdadeiro "não folga com a injustiça, mas folga com a verdade." (1 Co. 13:6). Este é o tipo de amor, no qual fomos chamados para caminhar. É um amor que primeiro é puro e depois, harmonioso.

Fonte: The Gospel Coalition

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

E-book gratuito: Desejo e Engano (Albert Mohler)

O que é verdadeira espiritualidade? Deus promete saúde e prosperidade a todos os crentes? Como os dons espirituais atuam? Respondendo a essas perguntas, Albert Mohler faz um exame do movimento carismático e de seu efeito na igreja de Cristo. Este livro é uma tentativa de considerar, com base na perspectiva do cristianismo bíblico, vários assuntos controversos e problemáticos sobre a sexualidade.


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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Livre arbítrio: Tenho liberdade para crer?

            
            É comum pensar que a teologia reformada nega o livre-arbítrio humano e se mostra contrária a passagens que enfatizam a importância da decisão humana no processo de salvação. Na realidade, porém, a teologia reformada sempre reconheceu as atividades reais da vontade humana na salvação.
             Embora a expressão “livre-arbítrio” não apareça nas Escrituras, num sentido técnico ou teológico, é correto dizer que a Bíblia tanto afirma como nega, de várias maneiras, que as pessoas possuam livre-arbítrio. Os teólogos reformados costumam abordar essa questão distinguindo entre a livre agência humana, o livre-arbítrio moral e a liberdade absoluta.
             Em primeiro lugar, a livre agência simplesmente reconhece  que os seres humanos são criaturas que possuem vontade própria. Ao contrário de pedras, árvores, montanhas e outras partes da criação, os seres humanos fazem escolhas morais. Todos os seres humanos são agentes livres, no sentido de que tomam decisões ao que farão. Por esse motivo, também somos moralmente responsáveis pelas nossas escolhas voluntárias. Foi assim com Adão tanto antes quanto depois de ele ter pecado; é assim agora e o será para os cristãos glorificados – um fato que é refletido ao longo da Bíblia. Todas as pessoas têm o dever de fazer escolhas certas e responsáveis (Js 24:15; 2Sm 12:1-10; Jo 7:24; Rm 1:18-32; 14:13). No entanto, a livre agência não inclui a capacidade de fazer qualquer escolha moral em qualquer circunstancia, nem a capacidade de escolher algo contrário à própria natureza. Uma vez que a obediência e fé no evangelho são contrárias a natureza humana decaída (Rm 8:4-8), o conceito de livre agência não afirma que o homem decaído possui o livre-arbítrio para fazer tais coisas.
              O livre-arbítrio moral, por sua vez, é uma capacidade de escolher entre todas as opções morais que uma situação apresenta. Muitos teólogos cristãos do século 2º. (por exemplo, Clemente de Alexandria e Orígenes), ensinavam que a natureza humana decaída possui o livre-arbítrio. Negavam que os seres humanos limitados pela sua condição moral decaída, insistindo em vez disso que os homens são capazes de escolher qualquer rumo que desejarem, incluindo a decisão, pelo seu próprio poder e vontade, de crer no evangelho e obedecer a ele. Essa visão contrasta nitidamente com as Escrituras. Agostinho e teólogos reformados afirmaram corretamente apesar de a humanidade possuir livre-arbítrio moral antes da queda, o pecado original nos privou do mesmo.
              Uma vez que somo descendentes de Adão, não temos a capacidade natural de discernir e escolher o caminho de Deus ou de crer no evangelho, pois não temos nenhuma inclinação natural para com Deus. Nosso coração é escravo do pecado e somente a graça e a regeneração podem nos libertar dessa servidão. Por isso Paulo ensinou em Romanos 6:16-23 que somente as pessoas libertas do domínio do pecado podem escolher entre a justiça livremente e de todo coração. Uma inclinação do coração para agradar a Deus é um dos aspectos da liberdade que Cristo concede aos seus seguidores (Jo 8:34-36; Gl 5:1,13).
                Tem havido, e ainda há teólogos cristãos que argumentam de várias maneiras que, a fim de terem qualquer relevância, as escolhas humanas devem ser absolutamente livres dos decretos soberanos de Deus. A teologia reformada rejeita categoricamente este erro. Em primeiro lugar, é evidente que possuímos várias limitações físicas e mentais decorrentes da ordem natural determinada por Deus para este mundo. Não temos a liberdade absoluta em nenhuma área. Ademais, as Escrituras ensinam que Deus tem um plano imutável que abrange todos os acontecimentos que ocorrem, desde os maiores até os menores (Is 46:10; Mt 10:29-31). As escolhas humanas estão incluídas nesse plano, mas não podem, jamais, impedir ou frustrar os propósitos de Deus (Is 8:10; 14:26-27). Portanto, assim como estamos certos de que nenhum ser humano decaído tem a capacidade moral de escolher crer no evangelho, podemos ter certeza de que ninguém tem a capacidade de frustrar os propósitos de Deus nem a salvação que ele determinou para nós em Cristo (Rm 8:28-30). Todos os que foram predestinados à salvação receberão o chamado eficaz, serão regenerados e escolherão crer. Essa limitação de nossa vontade não é, de maneira alguma, um fatalismo que diminui a importância da escolha humana, mas sim, uma afirmação sublime do nosso lugar importante no mundo de Deus.

Fonte: Artigo extraido da Bíblia de Estudo de Genebra
2ª Edição Revisada e Ampliada

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Honestidade, juramentos e votos: Devo jurar?

             A verdade nos relacionamentos, especialmente entre os cristãos, é um mandamento divino (Ef 4.25; Cl 3.9), e dizer a verdade é parte essencial da piedade autêntica (Sl 15.1-3). Deus proíbe a mentira, o engano e as interpretações maliciosamente equivocadas (Êx 20.16; Lv 19.11), e Jesus indica que Satanás é a origem das mentiras (Jo 8.44). Aqueles que, como Satanás, dizem inverdades a fim de enganar e/ou prejudicar a reputação de outros são condenados nas Escrituras como sendo particularmente abomináveis em sua impiedade (Sl 5.9; 12.1-4; 52.2-5; Jr 9.3-6; Ap 22.15). Uma maneira de reconhecer a dignidade do nosso próximo que, como nós, foi criado à imagem de Deus, é entender que, de um modo geral, ele tem direito à verdade. Assim, dizer a verdade, uma prática que demonstra o devido respeito pelos fatos, pelo nosso próximo e, acima de tudo, por Deus, se torna um elemento fundamental da religião autêntica e da expressão sincera de amor ao próximo.
              Os juramentos são declarações solenes que invocam Deus como testemunha daquilo que é declarado e prometido, tornando o mentiroso digno de punição. As Escrituras aprovam os juramentos e os consideram apropriados em ocasiões solenes (Gn 24.1-9; Ed 10.5; Ne 5.12; cf. 2Co 1.23; Hb 6.13-17). No tempo da Reforma, os anabatistas rejeitavam todos os tipos de juramento como parte do seu repúdio do envolvimento com o mundo secular. Afirmavam que Jesus havia condenado os juramentos, sem perceber que, na verdade, ele argumentou contra o abuso desse tipo de declaração, e não contra os juramentos legítimos (Mt 5.33-37; cf Tg 5.12).
             Os votos a Deus são o equivalente devocional dos juramentos e, como estes, devem ser tratados como extrema seriedade (Dt 23.21; Ec 5.4-6) e, uma vez feitos, devem ser cumpridos (Sl 15.4; cf Js 9.15-19). Deus exige que levemos a sério não apenas as palavras dele, mas também as nossas. No entanto, os votos nunca devem ser usados como desculpa para desobedecer à Palavra de Deus (Mc 7.11). Veja CFW 21.5; 22.1-5; CM 13; CH 101.

Fonte: Artigo extraido da Bíblia de Estudo de Genebra
2ª Edição Revisada e Ampliada

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O padrão de Deus para a adoração: Como devo adorar a Deus?


Adorar significa honrar e glorificar a Deus reconhecendo com gratidão, de maneiras prescritas por ele, a maravilha dos seus atributos e atos. Pode-se fazer distinção entre a adoração particular, que inclui a adoração com o sentido mais geral de um modo de vida (Rm 12.1; lCo 10.31), e a adoração pública, a reunião de cristãos na presença de Deus (2Cr 20.18; 29.28; Ne 8.6).

A adoração é sempre acompanhada de reverência e alegria diante do privilégio de nos aproximarmos do poderoso Criador com absoluta humildade e confissão sincera dos nossos pecados e necessidades. Assim como a adoração é e continuará sendo um elemento central da vida nos novos céus e nova terra (Is 66.22-23; Ap 4.8-11,5.9-14; 7.9-17; 11.15-18; 15.2-4; 19.1-10), também deve ser central na vida da igreja na terra; a adoração deve ser uma das atividades mais importantes tanto na vida particular quanto comunitária de todos os cristãos (Cl 3.16-17).

As prescrições da lei de Moisés eram bem mais específicas para a adoração do que para qualquer outra área da vida. Esse fato não apenas mostra que a adoração devia ser cuidadosamente regulamentada pela Palavra de Deus, como também sugere que a lei mosaica revela diversos detalhes acerca da adoração agradável a Deus. Vários aspectos das prescrições mosaicas apontam para Cristo e perderam a validade depois que ele veio ao mundo. No entanto, os princípios morais subjacentes que essas prescrições ilustravam continuam em vigor. Ainda assim, no livro de Salmos e em várias outras fontes do Antigo Testamento, Deus fornece instruções, hinos e orações para a adoração em Israel e os cristãos de hoje podem usá-los em seu culto, aplicando-os devidamente à luz da revelação mais plena do Novo Testamento.

As principais características do padrão de adoração pública fornecido por Deus a Israel eram:
(1) O sábado - o sétimo dia depois de seis de trabalho devia ser separado como dia santo de descanso, a ser observado como memorial da criação (Gn 2.3; Êx 20.8-11) e redenção (Dt 5.12-15). Deus insistiu na observância do sábado (Êx 16.21-30; 20.8-9; 31.12-17; 34.21; 35.1-3; Lv 19.3,30; 23.3; cf. Is 58.13-14) e declarou a transgressão do mesmo um crime passível da pena capital (Êx 31.14; Nm 15.32-36).

(2) A instituição de três festas anuais (Êx 23.14-17; 34.23; Dt 16.16), durante as quais os israelitas se reuniam no santuário de Deus, ofereciam sacrifícios para celebrar a generosidade de Deus, buscavam e reconheciam a reconciliação e a comunhão com ele e comiam e bebiam juntos como expressão de alegria. As festas da Páscoa e dos Pães Asmas, observadas no décimo quarto dia do primeiro mês, comemoravam o êxodo (Êx 12; Lv 23.5-8; Nm 28,16-25; Dt 16.1-8). A Festa das Semanas, também chamada de Festa da Sega e dia das Primícias marcava o final da colheita dos cereais e era realizada cinquenta dias depois do sábado que dava início à Páscoa (Ex 23.16; 34.22; Lv 23.15-22; Nm 28.26-31; Dt 16.9-12). Por fim, a Festa dos Tabernáculos, também chamada de Festa da Colheita, realizada entre o décimo quinto e o vigésimo segundo dia do sétimo mês, no final do ano agrícola, lembrava o povo como Deus havia conduzido Israel pelo deserto (Lv 23.39-43; Nm 29,12-38; Dt 16.13-15).

(3) O Dia da Expiação era observado no décimo dia do sétimo mês. Nessa data importante do calendário anual, o sumo sacerdote aplicava sangue no altar central do santuário a fim de expiar pelos pecados cometidos por Israel no ano anterior, e o bode expiatório era enviado para o deserto como sinal de que os pecados não estavam mais no meio do povo (Lv 16).

(4) O sistema sacrificai regular incluía holocaustos diários e mensais (Nm 28.1-15), além de vários tipos de sacrifícios pessoais. A exigência comum a todos esses sacrifícios era que a oferta fosse perfeita e que o sangue do animal oferecido fosse derramado no altar de holocausto para fazer expiação (Lv 17.11).

Os rituais de purificação pessoal (Lv 12-15; Nm 19) e devoção pessoal (p, ex., consagração do primogênito; Êx 13,1-16) também faziam parte do padrão determinado por Deus.

Sob a nova aliança, na qual os tipos do Antigo Testamento dão lugar aos seus cumprimentos, o sacerdócio, o sacrifício e a intercessão de Cristo suplantam todo o sistema mosaico de expiação pelo pecado (Hb 7-10). O batismo (Mt 28.19) e a Ceia do Senhor (Mt 26.26-29;1 Co 11.23-26) substituem a circuncisão (Gl 2.3-5; 6,12-16) e a Páscoa (1 Co 5.7-8). Do mesmo modo, os cristãos não precisam mais observar o calendário judaico de festas (Gl 4.10; Cl 2.16), e os conceitos de contaminação e purificação cerimonial impostos por Deus para criar a consciência veterotestamentária de que alguns comportamentos, condições e exposições separavam a pessoa de Deus, deixaram de ter aplicação direta (Mc 7.19; lTm 4.3-4). Até mesmo o sábado foi renovado é agora é observado no primeiro dia da semana, o dia da ressurreição de Jesus, também chamado de "dia do Senhor" (At 20.7; Ap 1.10). A princípio, essas mudanças foram sendo feitas de acordo com o que estava acontecendo no momento, mas o padrão de louvor, ações de graças, desejo, confiança, pureza e serviço que constitui e caracteriza a verdadeira adoração continua inalterado até os dias de hoje. 
Fonte: Artigo extraido da Bíblia de Estudo de Genebra
2ª Edição Revisada e Ampliada

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A lei de Deus: O que é essa lei?

             
            A lei de Deus é uma expressão do caráter santo e moral d Deus (Tg 2.10-11). Nesse sentido, a lei de Deus é eterna, como o próprio Deus é eterno. Além disso, ela é também a boa dádiva de Deus para a humanidade (Rm 7.12). Deus criou a humanidade e o mundo para operar em conformidade com sua lei. Por esse motivo, quando a lei de Deus é compreendida e aplicada corretamente, ela é nosso deleite e alegria, nosso caminho para uma vida de sucesso, e não um fardo ou maldição (Js 1.8-9; Sl 112.1; 119.14, 16, 47-48, 97-113, 127-128, 163-167).
         Porém, a identificação, a interpretação e a aplcação correta da lei de Deus é uma tarefa complexa que exige uma análise das Escrituras como um todo. Deus revelou a sua lei a Adão e Eva na forma de suas responsabilidades gerais como portadores da imagem de Deus (Gn 1.27-30) e na proibição com respeito ao fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.15-17). Deus também revelou a sua lei a Noé e aos patriarcas israelitas de várias maneiras apropriadas às suas respectivas circunstâncias. No tempo de Moisés, Deus descreveu a sua lei em detalhes, de acordo com o estágio da história da salvação em que seu povo se encontrava e também inspirou a sua primeira codificação. Outras revelações transmitidas ao povo de Deus pelos profetas do Antigo Testamento também aplicaram a lei eterna de Deus a Israel, especialmente durante o período monárquico (2Sm 23.1-2; 24.11). Por fim, a lei eterna de Deus foi revelada por Cristo e seus apóstolos, cujos ensinamentos são sintetizados como sendo de autoridade no Novo Testamento (p. ex., Mt 5-7). Uma vez que o caráter de Deus é imutável e nunca se contradiz, em nenhum momento os princípios de conduta exigidos num estágio da revelação contradizem outras prescrições. E, no entanto, nunca são exatamente iguais.
            A expressão mais complexa da lei eterna de Deus na revelação bíblica aconteceu no período de Moisés, o grande legislador de Israel. Tradicionalmente, a teologia reformada dividiu a lei mosaica em três partes: a lei moral, a lei cerimonial (rituais, cultos, etc) e as leis civis ou judiciais (regras socias e criminais). Desde que nos lembremos que essas categorias se sobrepõem de várias maneiras, essa distinção tríplice é útil.
           Os Dez Mandamentos expressam os princípios morais básico da lei de Deus em dez regras simples, mas abrangentes. Essas leis são declaradas de modo um tanto abstrato e, portanto, podem ser aplicadas com relativa facilidade a todas as pessoas, lugares e épocas. As leis judiciais e cerimoniais, porém, são estreitamente ligadas a aspectos e circunstâncias da época. As cerimônias foram criadas para o culto no tabernáculo e no templo, e as leis judiciais visavam guiar Israel como nação teocrática. Esses aspectos da lei Moisés são relativamente difíceis de serem aplicados à ea do Novo Testamento, pois as cerimônias e a organização política de Israel se cumpriram em Cristo. Ainda assim, os princípios morais que alicerçam as leis cerimoniais e judiciais ainda devem ser aplicados ao nosso tempo.
             Por fim, o próprio Novo Testamento orienta o modo de vida dos cristãos do período posterior ao ministério de Cristo aqui na terra ao fornecer suas próprias regras ou leis. A vida cristã não é desprovida de leis externas. Jesus ensinou vários princípios morais e demonstrou repetidamente como seus ensinamentos eram aplicações verdadeiras da lei de Moisés (Mt 5-7; 12.11-12; Mc 2.23-28). Os apóstolos também ensinaram os mandamentos de Deus à igreja (Jo 13.34; 1Co 14.37; 1Jo 2.7-8) e mostraram em várias ocasiões que essas prescrições eram aplicações da revelação do Antigo Testamento. Quando Paulo declarou, não estar "sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo" (1Co 9.21), po exemplo, quis dizer que tinha a obrigação de guardar toda a lei de Deus do mesmo modo que Cristo e os apóstolos a haviam aplicado às circunstâncias da igreja primitiva. Devemos seguir o exemplo de Jesus e de ser apóstolos e discernir os princípios morais ensinados ao longo das Escrituras e aplicá-los zelosamente à igreja e ao mundo de nosso tempo.

Fonte: Artigo extraido da Bíblia de Estudo de Genebra
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