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domingo, 20 de janeiro de 2013

A criação, a queda e a redenção: Porque há tanta corrupção?

       Apesar de alguns intérpretes considerarem a história de Adão e Eva um relato figurativo, as Escrituras ensinam que existiu um indivíduo que caiu em pecado, o que fez com que a maldição de Deus caísse sobre toda a criação e a humanidade. Em Gênesis, Adão é associado aos patriarcas e, com eles, ao restante da humanidade por meio das genealogias naturais (caps. 5, 10, 11). Esse fato deixa claro que Adão existiu no tempo, no espaço e na História tanto quanto Abraão, Isaque e Jacó.
       Além disso, o apóstolo Paulo indica que a origem da condição humana decaída foi o pecado de um homem real, Adão, o qual ele descreve como o nosso antepassado comum (At 17.26; Rm 5.12-14; cf. 1Co 15.22). Essa é a interpretação autorizada do Novo Testamento dos acontecimentos registrados em Gn 3, onde encontramos o relato da queda, quando o ser humano original deixou Deus e a retidão e mergulhou no pecado e na morte.
        A teologia reformada se apoia em grande medida na realidade histórica da queda no pecado. João Calvino estruturou uma parte considerável da sua teologia em torno dos temas da criação, da queda e da redenção, concentrando-se nos paralelo entre Adão e Cristo. Adão foi originalmente criado em retidão, mas caiu num estado de corrupção e julgamento e, agora, encontramos redenção da maldição da queda ao aceitarmo, pela fé, a obra expiatória de Jesus Cristo em nosso favor. Esses temas podem ser encontrados em todos os credos e catecismos reformados (CFW 6,7; BC 15-26; CM 21-45; CB 14-17; CH 6-20).
           As Escrituras ensinam pelo menos cinco verdades fundamentais relacionadas à queda:
1. Deus conferiu ao primeiro homem o papel de representante de toda a sua posteridade, do mesmo modo que, mais tarde, designou Jesus Cristo como representante de todos os eleitos de Deus (Rm 5.15-19 com 8.29-30; 9.22-26).

2. Deus colocou o primeiro homem num estado de alegria pura e prometeu que ele e seus descentendes continuariam nesse estado se ele demonstrasse fidelidade e obediência total --- de modo específico, ao não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.

3. O pecado de Adão e Eva colocou-se, e a aos seus descendentes (toda a humanidade), sob o jugo do pecado e da culpa, de modo que eles e todos os seres humanos passaram a sentir vergonha e medo diante de Deus (Gn 3.7-11). O primeiro casal foi amaldiçoado com expectativas de dor e morte e expulso do paraiso do Éden (Gn 3.14-24).

4. Toda a criação foi colocada sob uma maldição divina em consequência do pecado de Adão e Eva. A atual desarmonia na natureza que, com frequência, torna o mundo um ambiente hostil para todos os seres vivos, é resultante da queda (Rm 8.20-23).

5. Já nos dias de Adão e Eva Deus começou a demonstrar misericórdia mediante a sua promessa de que, um dia, a descendência da mulher feriria a cabeça da serpente (Gn 3.15). Essa promessa se cumpriu em Cristo, que redime o seu povo e restaura a criação à sua ordem devida (Rm 8.20-21; Ap 21.1-5).
           A narrativa da queda fornece uma explicação histórica convincente da perverção humana e da corrupção da natureza. Se não crermos na veracidade do relato de Gênesis, teremos grande dificuldade em entender Cristo, a quem o Novo Testamento descreve como "o último Adão" (1 Co 15.45), pois, por meio de sua morte sacrificial e ressurreição, ele revogou os efeitos trágicos dos atos do primeiro Adão (Rm 5.12-19; 1Co 15.22).

Abreviaturas:
CFW - Confissão de Fé de Westminster
BC - Breve Catecismo
CM - Catecismo Maior
CB - Confissão Belga
CH - Catecismo de Heildelberg

Fonte: Artigo extraido da Bíblia de Estudo de Genebra
2ª Edição Revisada e Ampliada

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