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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O corpo e a alma na Bíblia: O que eu sou?


        Neste mundo, cada ser humano é constituido de um corpo exterior material e animado e de um cerne pessoal e imaterial. As Escrituras chamam esse aspecto interior do nosso ser de "alma" e "espírito".
        A teologia reformada nega que o homem seja "tricótomo" (constituído de três partes distintas: corpo, alma e espírito). O conceito segundo o qual a alma diz respeito somente à percepção deste mundo, enquanto o espírito é uma parte distinta da personalidade que pode ter comunhão com Deus e com o mundo sobrenatural, difere tanto do ensinamento bíblico quanto do uso dos termos hebraico e grego (as duas línguas usam "alma" e "espírito" como sinônimos). Ainda que, a princípio, algumas passagens pareçam fazer distinção entre alma e espírito (p. ex., 1 Ts 5.23; Hb 4.12), essas passagens não visam identificar as partes que constituem o ser humano. Hb 4.12 - o texto citado com mais frequência em defesa da tricotomia - afirma que a Palavra de Deus "penetra até o ponto de dividir alma e espírito". No entanto, essa passagem não atribui pensamentos e atitudes nem ao espírito nem à alma, mas sim ao coração. Nesse versículo em particular, as três palavras -- coração, alma e espírito -- identificam de modo sinômimo a parte incorpórea dos seres humanos. Na verdade, caso se considerasse que todos os termos diferentes associados aos aspectos incorpóreos da humanidade são componentes distintos nas pessoas (p. ex., coração, alma, mente, espírito, partes interiores, o mais profundo do ser, o âmago), a tentativa de criar subdivisões causaria confusões intermináveis.
        A teologia reformada também enfatiza que o nosso corpo físico é parte integrante do plano de Deus para os seres humanos. Quando o corpo humano foi criado por Deus, ele não possuía nenhum aspecto mau ou corruptível. Se a humanidade não tivesse caído em pecado, as enfermidades e o processo de envelhecimento que conduzem à morte não teriam se tornado parte da experiência humana (Gn 2.17; 3.19, 22; Rm 5.12). Em decorrência disso, a salvação em Cristo é a salvação da pessoa como um todo -- corpo e alma. Assim como Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos tanto espiritual quanto fisicamente, só seremos interiramente libertos dos efeitos do pecado quando recebermos a renovação interior e exterior total. Enquanto Cristo não volta, ao mesmo tempo em que o nosso corpo continua a sofrer corrupção (2Co 4.16-18). Mas quando Cristo voltar em glória, receberemos a nossa plen, incluindo a redenção do nosso corpo (Rm 8.23).
         Na morte e no estado intermediário entre a morte e a ressurreição final, enquanto os mortos aguardam a volta de Cristo, o corpo e a alma são separados. No entanto, esse não é o nosso destino final. A esperança cristã não é que a alma seja redimida do corpo, mas sim que o corpo e a alma sejam redimidos juntos. Embora as Escrituas não expliquem a natureza exata do nosso corpo glorificado, sabemos que será relacionado ao nosso corpo atual de tal modo que manteremos a nossa identidade singular (1Co 15.35-49; Fp 3.20-21; Cl 3.4).

Fonte: Artigo extraído da Bíblia de Estudo de Genebra
2ª Edição Revisada e Ampliada

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